sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Post com atraso - PARABÉNS à minha pequena M.

Data: 8 de Dezembro

Hoje faz 21 anos que nasceu aquela que é uma das pessoas mais importantes da minha vida. Se um dia os meus feitos merecerem que me escrevam uma biografia a M. será citada várias vezes. Porque a minha vida sem ela nunca seria a mesma coisa..

Para mim a M. é uma espécie de Guia Espiritual. Daquelas pessoas cuja simples presença nos acalma e deixa mais tranquilo o ser mais nervoso do mundo. Acho que nunca me deu um conselho que eu não tenha aproveitado.

A M. é sem dúvida alguém que anda em contra-ciclo. Se se diz que a minha geração é egoísta ela é a excepção que confirma a regra. O mundo dela é diferente do mundo dos outros. Não lhe interessa o que quer, o que prefere mas sim ver o namorado, a mãe e os amigos satisfeitos.

Este feitío único da minha pequena M. faz com que às vezes lhe tomem o altruísmo por patice e essa é a minha maior preocupação. Mas a M. não deixa que lhe pisem os calos, pode parecer a todos os outros que ela não se está a aperceber que se estão a aproveitar dela. Mas a M. tem mais massa cinzenta do que o comum dos mortais, e não se vingando vai simplesmente desligar-se dessa pessoa. E na minha opinião isto é o pior que pode acontecer a alguém... cortar o cordão que o liga à M.

Este é um post para te dar os PARABÉNS! Continua assim porque o Karma é uma cena f#d*$a. Eu espero continuar aqui a rir-me à gargalhada. A fingir que nos insultamos e que podiamos viver uma sem a outra!





Para os teus 21 só tenho um desejo - Que saibas que são os TEUS 21 anos e não os do resto do mundo!






sábado, 12 de outubro de 2013

Responso para me lembrar de dizer adeus

Chegou o dia de exorcizar os demónios! Afinal de contas já passou um mês, já passei por todos os rituais possíveis. Se ainda se usassem gira-discos a agulha do meu estaria partida, se fossem cassetes a fita estava certamente gasta e se fossem CD's já os tinha a todos riscados! A senhora do Quiosque onde compro a tabaco já me trata por tu, os senhores da gelataria já estranham se não vou e todos os meus amigos se asseguram de me controlar volta e meia, para confirmarem que não me afoguei nas minhas próprias lágrimas!

Assim sendo resta-me o compromisso mais difícil de manter. O compromisso que fiz comigo, que fiz com o passado e com o futuro. Atingi o limite. Tudo tem um prazo e nós felizes e "apaixonados" teve um curto prazo. Nunca te irei perdoar por me teres feito quebrar barreiras, por me teres feito partilhar para agora ter que dizer, embrulhada num manto de humilhação,  que não resultou.

Mas, acima de tudo, nunca te irei perdoar por não me explicares porque é que não resultou. Se foi exactamente quando comecei a jogar com o coração que o jogo parou...

Partiste sem me dar esperança mas com a certeza de que eu iria estar no mesmo lugar sentada à tua espera. Nunca me custou tanto dizer que te vou esquecer. E nunca terei dito uma mentira tão grande quando disser que nunca mais te quero ver.

Sei que me vai doer aceitar a realidade mas viver com a ideia do que podia ter sido, ou do que pode vir a ser, é ainda sofrer mais.

Vou viver na apatia dos sentidos, vou tentar parar de sonhar com uma chegada triunfal e um pedido de desculpas com direito a cavalo branco e orquestra sinfónica que me faz arrepender de todas as sentenças que te ditei.

Vão sobrar as imagens das promessas, dos sonhos, de duas pessoas abraçadas com pulsações sincronizadas a ecoar no infinito da noite. Vou rever as memórias, os sorrisos, a cumplicidade. Mas, será apenas no silêncio que vou ver a verdade.

Tenho que te dizer adeus. Não me quero tornar na rapariga que sempre critiquei. Na rapariga, sentada no sofá, que alimenta uma falsa história e que tem que contar mentiras de uma relação perfeita.

Nunca me doeu tanto dizer-te adeus.

Sempre tua,
M.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Católica II

(...) Entro na sala fria, onde os livros e processos nas estantes estão organizados por ordem alfabética. Os cheiros a humidade, pó e utopia a que a FCSH me habituou são agora trocados por um odor a liberdade organizada. Espera-me mais um professor que no olhar tem o cansaço e a compreensão de avô.

Nem os sorrisos dos dois júris me acalmam, a medo vou respondendo pergunta a pergunta. Nada do que havia treinado foi automático. Fingia um à vontade, fingia estar presente, fingia uma confiança que não tinha.

Seis perguntas depois e um voto de boa sorte despeço-me tímida, sem a mínima ideia de como poderá ter corrido. Recomeçam as chamadas, as perguntas incassáveis e a certeza de todos os que não estiveram presentes que foi um sucesso.

Nunca fui uma teórica, por isso as suposições do que poderia ter sido, do que poderia vir a ser não me estavam a convencer. A única coisa que interessa é a resposta, as consequências e a responsabilização que iriam chegar passadas 48horas.

Um dia antes da data enquanto falo com A. (claro que tinha que ser o A.) num repente digito o sítio da Internet onde esperava ver o meu nome. Mais uma surpresa em relação à FCSH, a Católica não só cumpre os prazos como também se antecipa . E assim recebo a notícia: sou oficialmente um potativa futura mestre.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Católica Parte I

Cheguei, forçasamente, à conclusão de que uma licenciatura de 3 anos não serve para nada. Pelo menos no mercado actual de trabalho. Bolonha veio apenas tornar o ensino num negócio rentável e que se recicla todos os anos.

Depois de levar a minha teimosia às últimas consequências, o meu pai conseguiu alertar-me para a vantagem de continuar e de tirar um mestrado. Convencida de que a ideia tinha sido minha comecei a pesquisa de faculdades, cursos e áreas.

Não tive dúvidas de que o o ideal seria candidatar-me à Católica. Um ensino de excelência, renome internacional e uma privada séria que pauta por preencher o mercado de trabalho anualmente. Embora a minha decisão tenha sido tomada em consciência, andei a atrasar o processo de candidatura até ao dia que o calendário assinalava com um grande e castrador X vermelho.

Ganhei coragem, companhia de amigas e de papéis a abanar nas mãos fui à redoma das famílias com 4 nomes próprios e 8 apelidos. Sempre na constante esperança de me pedirem o extracto bancário dos meus pais as simpáticas senhoras de voz anasalada informaram-me que a inscrição estava feita. De agora em diante devia apenas esperar a chamada que ia marcar a entrevista.

Nem 24h de nervos a consumirem os minutos passei. E a entrevista foi marcada, logo no início da semana seguinte iria atravessar o momento, que na minha curta vida, se pode considerar o mais importante.

Na véspera do dia do juízo final os mergulhos na piscina não afogavam as ideias derrotistas. Chegada a Lisboa houve tempo para treinar e ser gozada pelos irmãos. Após uma noite descansada para os terrores nocturnos eis que chega o Desembarque na Cidade Universitária. Eu sou consumida por uma outra pessoa, uma faceta minha com que nunca me tinha cruzado. Uma A. insegura, tímida, nervosa e a quem os risos estridentes e nervosos abafam as palavras.

Numa sala de espera que deixa a desejar para quem se dispõe a pagar 5.000€ de propinas, espero sentada em cima do meu próprio suor. A garganta seca pede um copo de água e reclama os cigarros fumados, 6 pessoas à minha volta olham para o mesmo sítio que eu: o vazio. O vazio onde não cabe mais nada, um vazio com projectos, e ideias que podem ser destruídos ali, no abrir e fechar de olhos. Tiro um livro da mala, mas os olhos vagueiam nas páginas que tremem ao ritmo das minhas mãos. vale-me um Amigo para me distrair com mensagens.

"inserir.nome?". A cara que conhecia das fotografias da internet chama-me. Com um sorriso que esconde o poder que tem. A medo levanto-me, tento limpar a mão discretamente, estendo-lha respondendo à sua. Indica-me a sala e eu entro para o que pode ser o o início do fim da minha "carreira".

ASSUIVRE...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Amor platónico

Amores platónicos, todos os temos desde crianças. E a maneira como pensamos nelas vai mudando à medida que crescemos. A única coisa que se mantém é mesmo o facto de serem impossíveis.

No início era pelo miúdo giro que apresentava os desenhos animados, depois pelo vocalista da banda pop pirosona que todas as miúdas ouviam. Pelo actor que entra em todos os filmes comerciais que esgotam salas de cinema. Pelo senhor da padaria, pelo miúdo mais velho que é sempre um parvo. Cada uma tens as suas mas normalmente este é sempre o registo.

Eu nunca fui hipster, mas sempre me interessei por amores muito diferentes de todas as minhas amigas. Tive a minha panca durante muitos anos pelo actor de hollywood. Mas o actor nao era nem jovem, nem aparecia nas capas das revistas cor de rosa. Talvez já tivesse aparecido, mas o que é certo é que Morgan Freeman me fazia correr para todas as salas de cinema. Fazia-me ficar domingos colada à tv de olhos esbugalhados e borboletas na barriga. Lá em casa era o motivo maior de regozijo ver a pequena, entusiasmada com aquele senhor. Na escola era motivo suficente para ficar à parte de qualquer conversa em que o tem era os Back street boys ou outra boy's band qualquer.

À medida que os anos foram passando esta grande panca foi tornando-se apenas o cofirmar de um talento incrível que aquele Senhor partilha com todos.
Mudou também a "panca". Lembro-me como se fosse hoje o dia em que o meu irmao, esse sim hipster disfarçado de betinho, me mostrou uma música de um tal de B FACHADA. A qualidade da música era indiscútivel, a intelig^encia das letras era óbvia e rapidamente o JOSÉ BERNARDO tornou-se um habitué das minhas playlists.

Rapidamente era a primeira das filas a comprar bilhetes para os concertos dele, a primeira a chegar aos concertos. A ler tudo o que era entrevista e artigo sobre esse génio que preza tanto o seu ego.

Para os meus amigos tornou-se um problema, porque ao contrário do Morgan Freeman o Be (como eu carinhosamente o chamo) continua a deixar-me com borboletas na barriga.

Já nao tenho idade para estas coisas. Mas o que posso dizer? Para mim ele era o homem com quem eu fugia, com quem eu practicava o amor e uma cabana!

(Digam lá se é lindo, ou é lindo?)


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Mandarim

Inscrição no segundo semestre de Mandarim acabada de fazer.

Já lá vai o tempo em que os portugueses corriam o mundo sem ter que falar a língua de Sua Majestade. Já lá vai o tempo em que a língua de Sua Majestade era suficiente para corrermos meio mundo com sucesso.

São sinais dos tempos. Sabe-se que em cada capital europeia pelo menos uma das grandes empresas estatais tem um chinês nos grandes quadros.

"Se não os podes vencer junta-te a eles." É este o mote hoje em dia. Qualquer dia andamos todos aos "Ni haos" e já ninguém vai dizer bom dia.

Espero que o facto de ter Mandarim no curriculum me abra muitas portas, e espero não viver num país tacanho em que o facto de ter Mandarim no curriculum me feche algumas portas.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

As Redes Socias

          Antes de começar este desabafo devo deixar bem claro que não sou uma velha do Restelo e que estou contra todos os velhos do Restelo que preconizam o fim do mundo cada vez que há uma novidade.

           Facebook, twitter, likedin, Google+ .... Podia ficar aqui até amanhã. O que há de comum entre elas? São redes sociais que servem para facilitar o nosso dia-a-dia, o nosso contacto, a veinculação de informação.

           Mas até que ponto devem substituir o contacto? Quando é que se deve parar? Qual o limite do que se deve publicar?

           Morreu hoje a mãe de um amigo meu. Eu, ao contrário da maioria dos nossos amigos, não soube da notícia pelo Facebook. Nos últimos meses da sua vida as notícias circulavam no facebook dos filhos com a mesma urgência que circulava o nascimento da filha da Shakira.

           Hoje, a hora da sua morte foi às 16h sendo que às 17h a comunidade cibernáutica era bombardeada com fotografias e frases dedicadas à falecida. O facebook dos três, espera-se, chorosos filhos tornou-se no depósito lan de mensagens de apoio e de condolências.

            Para mim, que não me considero especialmente retrógrada, foi um pequeno choque com a realidade. Costumo ouvir a frase "se o mundo muda, aprende a mudar com ele", mas eu não quero fazer parte desta mudança.

            Os filhos parece que têm mais pressa em actualizar os estados para orfãos do que chorar a morte da mãe. Os amigos escondem-se atrás de uma máquina. Os sentimentos são toldados e banalizados.

            É nisto que o mundo se está a tornar? Se é , não quero mudar com ele.

         

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

#Irritações

Há uma série de coisas que me tiram do sério. Entre elas é dizer a alguém que sou de Viseu e a pergunta imediata ser : "Conheces o não-sei-das-quantas?"

Senhores eu sei que Viseu é uma cidade pequenina, e que as pessoas mais parecidas têm tendencia a circular nos mesmos meios e por isso há uma maior probabilidade de conhecer alguém. Mas senhores, Viseu não é o edifício comunitário da Beira Alta. E eu não conheço todos os vizinhos do R\C.

Além disso Senhores acontece que Viseu é uma cidade rodeada por muitas aldeias e as pessoas dessas mesmas aldeias normalmente dizem que são de Viseu.

Devo acrescentar ainda Senhores que Viseu é capital distrito por isso há uma forte probabilidade do "nosso amigo em comum" ter dito que é da cidade onde Grão Vasco nasceu mas apenas partilhar distrito com o pintor.

Por isso Senhores vamos ter atenção aos nossos factos.

O distrito de Viseu tem 391 215 habitantes, portanto a probabilidade de conhecer um dos vossos amigos de Resende é no mínimo ridícula. A cidade de Viseu tem 99 274 habitantes ... É preciso dizer mais alguma coisa??

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Anti-tabagismo

     A questão fulcral é : Porque é que o CDS teve tanto trabalho a não deixar ir em frente a lei anti-tabagismo se a população portuguesa a aplica de livre vontade?

     Hoje não estou particularmente a 100%. É um daqueles dias em que é melhor deixarem-me na jaula desde que me vão atirando um cigarro de vez em quando.

      Neste estado de alma, e porque o mundo não pára como a minha boa disposição, tive que sair de casa. Apercebi-me que não tinha a tabaco. A caminho do meu compromisso gastei 3,60 € de espaço no pulmão, pus os phones e estava preparada para enfrentar o mundo.

       Achei eu, até ter que acender o primeiro cigarro. E, surpresa das surpresas o meu isqueiro tinha ficado perdido com o meu bom humor.

      A única solução era acreditar na bondade e na camaradagem de outro transeunte fumador. Mas onde é que eles estavam? Andei 30 minutos a pé a perscrutar todas as almas em busca de alguém que partilhasse o mesmo vício que eu. Analisei ao pormenor todas as mãos de todos os estranhos que passaram por mim na incessante procura de um sinal de fumo, literalmente.

      NADA! Rien de rien! Ao que parece a população lisboeta abraçou de alma e coração esta proposta dos sociais democratas e abarcou na ideia de uma vendeta anti-tabaco.



            Hoje tive esta surpresa, fui aqui votar no blog de um amigo meu  e qual não é o meu espanto quando vejo "Pimenta na Língua" na categoria "Actualidade Política - Blog Individual".

            Sei que não vou ganhar, mas é sem duvida uma esperança que recebo assim na forma de sufrágio! Sei perfeitamente que as hipóteses nesta votação são feitas através da inscrição. Não obstante, não fui eu que me inscrevi e não sei quem me inscreveu.

            Sempre quis ter alguém a ler o meu blog, mas nunca consegui que este tivesse muitas visitas. O facto de não o partilhar com ninguém e de ninguém saber que assino com este nome ajuda nessa cruzada. Apenas duas amigas descobriram o meu blog e eu obriguei-as a jurar segredo ou sangue.

            Nos últimos tempos tenho tido mais visitas e isso fez-me voltar a escrever com mais frequência.  É mais uma das minhas resoluções de ano novo! Gostava, se não for pedir demais, que estes novos visitantes me começassem a dizer o que querem ler. E assim, uma vez por semana comprometo-me a escrever um tema a vosso gosto!

            Obrigada a todos!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Medina Carreira : "Por exemplo, na sua opinião devia haver uma central de compras para cada hospital, ou cada hospital tratar das suas compras?"

Judite de Sousa: "Está a perguntar-me a mim?"

Medina Carreira : "Sim, estou a pedir a sua opinião. Quero saber qual é a opinião de uma pessoa que não percebe nada de nada."

In: Olhos nos olhos, TVI24
Entrevistado: Professor António Ferreira (director do Hospital de São João)
 


É em momentos como este que cada vez tenho mais certezas que escolhi a profissão certa mesmo sem nunca ter trabalhado.

Não que eu queira ser fazer grandes entrevistas ou ser pivô. Bem pelo contrário.


Mas das áreas que estão em crise no nosso país aquela que me faz doer a alma como dói um dente a nascer é o jornalismo.


Principalmente numa altura destas os media deviam estar mais atentos do que nunca. O mais importante não é 3h horas de imagens dos estivadores e do seu escárnio e mal-dizer. 


O 7º poder está tão mal como os que lhe antecedem. A total sensação de descredibilização, falta de precisão e exactidão é o dia a dia da nossa imprensa.


Digo várias vezes que o o único ministro que (ainda) não me desiludiu foi o Dr. Nuno Crato. E se o Jornalismo é o espelho da sociedade, ler um artigo hoje em dia ou ver televisão é a prova da reforma urgente que o ensino Português precisa. 

Enquanto discutiamos o meu mau feitio em mais uma das nossas conversas tardias.

Ele : Tu comigo és sempre uma querida.
Eu: És tão falso meu bem.
Ele: Falso?

Não, não foi uma questão de semântica. O rapaz sabe o que significa a palavra. Apenas estava a ser genuinamente sincero.
Sim, depois destes anos todos, de tudo ele diz, e passo a citar, “não tenho razões de queixa”.
Senti-me uma formiguinha! Ou é ele que é pato?

Eu que até tinha como resolução de ano novo tratar melhor as pessoas, pelos vistos posso continuar com tudo o que tenho feito até aqui!