quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Amor platónico

Amores platónicos, todos os temos desde crianças. E a maneira como pensamos nelas vai mudando à medida que crescemos. A única coisa que se mantém é mesmo o facto de serem impossíveis.

No início era pelo miúdo giro que apresentava os desenhos animados, depois pelo vocalista da banda pop pirosona que todas as miúdas ouviam. Pelo actor que entra em todos os filmes comerciais que esgotam salas de cinema. Pelo senhor da padaria, pelo miúdo mais velho que é sempre um parvo. Cada uma tens as suas mas normalmente este é sempre o registo.

Eu nunca fui hipster, mas sempre me interessei por amores muito diferentes de todas as minhas amigas. Tive a minha panca durante muitos anos pelo actor de hollywood. Mas o actor nao era nem jovem, nem aparecia nas capas das revistas cor de rosa. Talvez já tivesse aparecido, mas o que é certo é que Morgan Freeman me fazia correr para todas as salas de cinema. Fazia-me ficar domingos colada à tv de olhos esbugalhados e borboletas na barriga. Lá em casa era o motivo maior de regozijo ver a pequena, entusiasmada com aquele senhor. Na escola era motivo suficente para ficar à parte de qualquer conversa em que o tem era os Back street boys ou outra boy's band qualquer.

À medida que os anos foram passando esta grande panca foi tornando-se apenas o cofirmar de um talento incrível que aquele Senhor partilha com todos.
Mudou também a "panca". Lembro-me como se fosse hoje o dia em que o meu irmao, esse sim hipster disfarçado de betinho, me mostrou uma música de um tal de B FACHADA. A qualidade da música era indiscútivel, a intelig^encia das letras era óbvia e rapidamente o JOSÉ BERNARDO tornou-se um habitué das minhas playlists.

Rapidamente era a primeira das filas a comprar bilhetes para os concertos dele, a primeira a chegar aos concertos. A ler tudo o que era entrevista e artigo sobre esse génio que preza tanto o seu ego.

Para os meus amigos tornou-se um problema, porque ao contrário do Morgan Freeman o Be (como eu carinhosamente o chamo) continua a deixar-me com borboletas na barriga.

Já nao tenho idade para estas coisas. Mas o que posso dizer? Para mim ele era o homem com quem eu fugia, com quem eu practicava o amor e uma cabana!

(Digam lá se é lindo, ou é lindo?)


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Mandarim

Inscrição no segundo semestre de Mandarim acabada de fazer.

Já lá vai o tempo em que os portugueses corriam o mundo sem ter que falar a língua de Sua Majestade. Já lá vai o tempo em que a língua de Sua Majestade era suficiente para corrermos meio mundo com sucesso.

São sinais dos tempos. Sabe-se que em cada capital europeia pelo menos uma das grandes empresas estatais tem um chinês nos grandes quadros.

"Se não os podes vencer junta-te a eles." É este o mote hoje em dia. Qualquer dia andamos todos aos "Ni haos" e já ninguém vai dizer bom dia.

Espero que o facto de ter Mandarim no curriculum me abra muitas portas, e espero não viver num país tacanho em que o facto de ter Mandarim no curriculum me feche algumas portas.