domingo, 28 de dezembro de 2014

Para ler em 2021

Olá,

Se estás a ler isto já fizeste 30 anos. Escrevo-te em 2014, quase no final, um ano que foi do caraças. Mesmo com os problemas graves, que tive, durante o ano encontrei sempre a solução e consegui ver sempre que tinha gente do meu lado, a por-se na linha da frente para sofrer comigo.

Este ano acaba em standby, uma conversa complicada para ter que ainda não tive coragem, e dois problemas para resolver que ainda vão dar algumas dores de cabeça. Espero que te estejas a ler isto e rir-te enquanto pensas em como tudo se resolveu rapidamente.

Tenho 22 anos, a caminho dos 23, e tenho a minha vida na flor da idade, cheia de planos e sonhos com meta e data limite. Os 30 são a data. Na altura em que me leio já só me deve faltar casar e ter filhos, e para isso ainda mais 3 a 5 anos. 

Espero que já tenhas sido enviada a um conflito e que tenhas feito a diferença com o papel e a caneta. Espero que já tenhas um contrato, que continues a depositar toda a tua energia no trabalho que fazes e que ele te continue a dar tanto prazer como me da a mim neste momento. 

Mas acima de tudo espero que sejas feliz. Que tenhas mantido os teus amigos, que não tenhas esquecido a tua família, (que tenhas finalmente perdido o medo de ir ver o que se passa com os teus rins). De preferência que já não fumes, que continues a saber apreciar um bom copo de vinho e uma boa refeição. Que rir seja a coisa que mais gostas de fazer. 

Que saibas viver na simplicidade, que te lembres todos os dias do que o teu pai e a tua mãe te ensinaram. Que nunca te tenhas vergado ao poder, à pressão e que te mantenhas com coluna vertebral. Podes não ter nada, dinheiro no banco, casa em teu nome mas que nunca tenhas perdido a tua coluna vertebral. 

Beijinhos 

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Família versus família

Hoje foi um dia como os outros. Acordei (atrasada) , tomei um banho com água normal, sai de casa com escuro do costume e cheguei ao jornal com a tradicional gota de suor a escorrer-me na testa. Hoje foi um dia como outro qualquer, mas não devia ter sido.

Hoje é véspera de Natal e eu passei o dia sem sentir o cheiro a filhos, sem ouvir a minha mãe dizer uma única vez "vejam a lareira" . O meu pai nem sequer me pediu para ir com ele comprar qualquer coisa "muito urgente" para fazer uma mini-obra em casa no dia de Natal.

Hoje è a primeira véspera de Natal que passo, ainda que parcialmente, em Lisboa. E por isso não ouvi as minhas tias a dizerem enquanto pomos os presentes na árvore "vocês são loucos. Nos já não temos idade para presentes." 

Eu que detesto o tradicional almoço de véspera de Natal, senti falta hoje, enquanto comia uma seca e empapada sandes de panado, do arroz de polvo e do polvo frito. Mas principalmente da banda sonora que o costuma acompanhar, risos, discussões, eu e os meus irmãos a implicar.

Estou agora num autocarro cheio a caminho de casa e preciso que me injetem Natal nas veias porque estou com um défice de festividades que se pode tornar fatal durante a consoada. No autocarro cheio vi um amigo, amigo que além de amigo é colega, que estava também a sair mais cedo do trabalho. Que também não foi a friends party e que também não irá à festa de ano novo. 

Este será sempre o meu futuro, a minha vida. Uma profissão queime vai obrigando cad vez mais a não estar presente. Um sítio onde a "família do trabalho" ganha uma nova importância, quase como impondo a ideia de que se começa a sobrepor à família de raiz. Não quero escolher uma em detrimento da outra, por isso até lá vou continuar a tentar ser omnipresente, a fazer quilômetros e a dar o meu melhor às duas.

Feliz natal a todos desse lado

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Modéstia

Sempre que vejo nobres exercícios de modéstia nas outras pessoas sinto sempre que é uma qualidade que me falta. Gosto de partilhar os meus feitos, fico orgulhosa dos meus sucessos e tenho todo o prazer em contar aquilo que acredito ter feito bom. Tenho sempre uma necessidade de reconhecimento superior, como se entendesse que só o aval de terceiros valoriza realmente aquilo que fui capaz de fazer com distinção.

Embora sendo assim,  não tenho um exagero de vaidade, não sou vítima de uma narcisismo fulminante mas ainda assim acredito que há alguma modéstia que me impede de superar alguns desafios que só a mim dizem respeito. 

A modéstia é também uma prova de confiança no nosso eu interior. Uma capacidade de se saber a valer a nós mesmos e uma evidência de irredutibilidade de caráter. Conheço uma pessoa assim, que é o exemplo extremado de modéstia, confiança e caráter. A minha irmã I, um gênio que, como todos os génios que o são, não admite que o é. Uma capacidade de trabalho ímpar e um perfeccionismo pelo que produz que a mais ninguém conheço.

Prêmios, distinções e galardões trata-os por tu. Não sabe o que é estar numa escola sem o seu nome encabeçar o quadro de honra, não sabe o que é trabalhar sem ser elogiada. No fundo, desconhece a ideia de não ser a melhor. Nunca a ouvi, ouvimos alias porque duvido que alguém já tenha ouvido, dizer que é a melhor, que ganhou um prémio ou que foi distinguida. 

Dar-lhe os parabéns pelo seu sucesso assemelha-se a uma tortura, partilhar os seus sucessos é espetar-lhe agulhas nos olhos. Sinceramente. Pede que não se conte ou não conta. Desvaloriza. Sinceramente. Sem falsas modéstias. Para ela haverá sempre alguém melhor que ela, nunca estará no topo da pirâmide. 

E, por isso, não podendo partilhar com ninguém - fui veementemente proibida - o mais recente prêmio internacional que ganhou, conto-o aqui. Porque é um orgulho diário saber que tenho em mim aquele sangue. Saber que partilho o dia-a-dia com um génio vivo. Parabéns mana, para ti é só mais um no meio de tantos outros que já vieram e de muitos mais que estão para vir. 

domingo, 14 de dezembro de 2014

Afinal terceira não é de vez

Acho que já estou calma o suficiente para escrever sobre o assunto. Ele voltou ao ataque, mais uma vez falou sobre a minha vida com pessoas que não devia. Mais uma vez falou da vida dos meus com pessoas que não devia. Mais uma vez voltou a causar uma discussão entre mim e uma das pessoas que mais gosto. 

Não falei com ele, não merece tanto. Mas foi falar com os meus pais. Já viram a lata? Tentar virar os meus pais contra mim... Claro, que eles ainda sem falar comigo perceberam que era mais uma intriga orquestrada por ele. Ligaram-me, disseram-me que tivesse calma e que o confrontasse. Que lhe dissesse que era a ultima vez. Que não lhe desse mais confiança. Mas não é tão fácil assim, é por eles que não o faço. Por eles, pelos irmão dele. Já começo a ficar farta. 


sábado, 13 de dezembro de 2014

No quente da noite

Tínhamos planos diferentes. Íamos jantar fora, depois íamos jantar com os meus amigos, depois já íamos jantar os dois em minha casa, depois já vinham os meus amigos jantar. Bem, a confusão de sempre, sempre criada por mim que só sei viver no meio da confusão e com muita gente de quem gosto à volta. Acabamos por jantar só os dois enquanto esperávamos que os meus amigos chegassem para um copo tardio. 

Jantamos e conversamos. Acho que nunca tínhamos contado tanto um ao outro. Aliás, acho que eu nunca tinha contado tanto a ninguém. Íamos olhando para o relógio a perguntar por eles. Não vieram... Sentamos-nos um ao lado do outro. Quisemos ver um filme, mas não conseguimos. Era qual mesmo? 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Gosto de ti miúdo. Já aqui tinha falado sobre ti, como "o amigo que só conhecia há um mês". Agora já te conheço há mais tempo e cada vez tenho mais certezas que és um amigo com um A maiúsculo do tamanho dos outros meus A's todos. 

As conversas contigo conseguem passar rapidamente da gargalhada para a discussão da atualidade. És intrinsecamente bom, educado e és o namorado de uma amiga de quem gosto. Aí de vocês que me acabem! Estão a ouvir??? É que vai ser uma situação lixada de gerir, tu já és tão meu amigo -talvez até mais -quanto ela. E eu gosto tanto de vocês os dois. 

Bem vou continuar a trabalhar, que ontem bebemos demais mas os meus chefes não... 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Querido Pai Natal,


Portei-me muito bem este ano. Põe-me no sapatinho:

Sócrates voltaste?

Não, não saiu da prisão. Reapareceu das chamas como fênix renascida no congresso do PS este fim-de-semana. É o secretário geral que era o seu número dói, é o líder da bancada parlamentar que fazia parte da sua trupe, é o Galamba que era o seu menino bonito... E podia continuar aqui até amanhã. 

Não me peçam para não associar o Costa ao Sócrates, porque eles fazem um esforço para nao ser indissociáveis.

Eu até ia votar nele nas legislativas, mas quanto mais sei mais longe fica a minha cruz. É o problema da informação em democracia, e é o meu problema preferido

domingo, 30 de novembro de 2014

Terceira é de vez

Não gostei do que ouvi. Já não é a primeira vez que ele o faz, que é maldoso e usa as palavras com intenção de magoar. Comigo só desde o verão é a terceira vez e eu tenho aguentado pela manutenção das boas relações interfamiliares. 

Desta vez foi pior, disse-o nas nossas costas.(E nós somos dois amigos dele) Foi ela que me contou. Não gostei do que ouvi. Não admito que o digam. Contei-te hoje, não gostaste do que ouviste. Disseste que me acalmasse, que não podíamos fazer nada. Ficaste furioso, mas mais preocupado comigo. 

Disseste que não admitirias se ele tentasse ter essa conversa contigo. Mas ele vai te-la com pessoas piores, ouve o que eu te digo... Ainda vamos ter muitos problemas, e principalmente quando ele tentar comentar com o meu irmão ou com o irmão dele... 

Aguentei a terceira vez, mas foi a última. E da próxima não tenho respeito, porque ele também não o teve. (Enquanto estiveres do meu lado, estou bem.)

Dos domingos perfeitos

Acordamos à mesma hora. Estavas com um bocadinho de mau feitio e tinhas fome, eu atrasei-me, mas tu no fundo não te importaste. Saímos paras almoçar, só te apetecia aquilo: "bife na pedra" dizias com um ar de mimo. Não querias atenção de ninguém, não querias que que te cantasse os parabéns. Querias apenas estar comigo e "bife na pedra". 

Almoçámos, cantaram os parabéns na mesa do lado e tu ficaste nervoso quando eu ensaiei as palmas. Saímos para passear, não nos calamos dois segundos. Dei-te os presentes que faltavam. Viemos para casa. Estivemos em silêncio.

Às vezes somos parecidos demais.

Ao cuidado do Sr. Vodafone Mexefest

A pessoa que põe perfume genius numa sala do tamanho da sala Manuel de Oliveira é uma besta quadrada. Claro que tinha lotação completa meia hora antes de começar.

domingo, 23 de novembro de 2014

Despedidas

Não gosto de te ter que dizer "até amanhã". Não gosto de me despedir de ti, o teu beijo na minha testa, a minha chave que saí do bolso... Não gosto de me despedir de ti. Até amanhã que já não sei estar sem ti.

O meu trabalho e outras paixões

Fazer-se o que se gosta. Houve um filósofo (agora não me lembro quem exatamente) que disse um dia: "faz o que gostas e não trabalharás um único dia na tua vida". Não podia ter mais razão, fazer-se o que se gosta é uma benção a que muitos não têm acesso. Eu tenho a sorte de o poder fazer, todos os dias apaixonar-me quando chego ao trabalho, todos os dias entrar de sorriso na cara e sair com o coração a palpitar. Fazer o que se gosta é bom, é maravilhoso e permite-nos alguns luxos que outros consideram uma loucura.

Este fim-de-semana estava num jantar para celebrar um março importante do jornal para onde trabalho, depois de um dia intenso de trabalho onde muita coisa correu mal e onde se sentiu a vantagem de se ter uma equipa a almejar os mesmos objetivos, a ceia decorria bem regada. Trocavam-se piadas embriagadas e decidia-se o lugar onde se continuaria a festa. É no meio de uma noite fria apenas aquecida pelo álcool que nos corria no sangue que se ouve:"o Sócrates foi detido".

Estávamos em direção ao bairro alto, quando soubemos a notícia ironicamente parámos à frente da PGR munidos dos nossos telemóveis e da nossa lista de contactos. Aquele era o momento. O nosso corpo começava a trocar o álcool pela excitação do momento. Há uma equipa que se disponibiliza quase imediatamente para ir para a redação. Eu fui um deles. Como não poderia ser? Foi quase num ímpeto, uma reação pavloviana que me fez querer estar ali. Aquele era o momento. Foi por aquilo que eu trabalhei. Foi para aquilo que eu estudei. Aquilo é a minha vida. 

Fazer o que se gosta é abandonar uma festa para se ir trabalhar e isso tornar-se numa festa ainda maior. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Quem sou eu e o que me fizeram?

Não é bem um novo eu. É um eu mais consciente. Ando há três semanas a jurar a pés juntos que nunca me haveriam de ver correr. Ando há um mês a dizer aos meus amigos que são os meus heróis por terem apostado num estilo de vida saudável, que é muito bom e benéfico mas que a mim não me me voltam a apanhar nessa cruzada. 

Pois que já estou dentro da teia... Bastaram duas mãozinhas de especialista nos meus pulsos a dizer que tenho calor nos órgãos e que avc's não sei o quê e ataques cardíacos assado e eu levantei o rabinho do sofá, reduzi o café e os cigarros. 

Não é um eu saudável, de todo. Nunca serei essa pessoa. Lamento, tenho que ter uma doença muito grave para optar por um estilo de vida saudável. Mas dos 7 a 8 cafés diários agora, já há duas semanas, que só há um. Se foi difícil? Preferia um exame de matemática. Entrar às sete e meia da manhã, deitar sempre tarde e viver com um café por dia tem sido horrível, para não exagerar. Melhoras? Sim, insónias quase nem vê-las e apetite finalmente normal, mas é só.

Dos vários (muitos) cigarros diários passei para vários (menos), mas isto só dura há uma semana. Será que aguento muito mais tempo? O que tenho feito é fumar no trabalho (mas como bebo menos café também fumo menos), quando saio se vier para casa ou se tiver com amigos que não fumam, eu também não fumo. Melhorias? Tosse, muita tosse, tosse infernal e mau feitio. 

Alimentação? Não vamos falar disso. Uma pessoa tem que continuar a ser fiel a si mesma em pelo menos em algum ponto. E além disso eu sou beirã e uma beirã gosta do seu vinho dão e da sua vitela à lafões.

E para finalizar... Tum, Tum, Tum... Rufar de tambores... Exercício físico? Ah pois é! Até disso tenho feito. São de louvar a minha assiduidade e pontualidade, sem desculpas, sem escapadelas só com rigor. Já a intensidade é melhor conversarmos daqui a uns tempos. Eu passo a explicar por quê: na segunda-feira fui correr. SOZINHA, de noite, com frio e depois de um dia de trabalho. O primeiro km? Uma vergonha. Nunca estive tão fora de forma na minha vida. Ouvi o senhor da Nike gritar-me ao ouvido que tinha feito um quilômetro já eu tinha corrido oito minutos e tal. Depois em vez de isso me servir de incentivo teve o efeito inverso. Conclusão: uma "corrida" de 16 minutos 1,3 miles. MAS isto não significou que eu tivesse parado e já é quarta-feira. Não tenho corrido porque o tempo não o permite - seria a desculpa perfeita - mas todos os dias faço exercício. Ora salto à corda, ora faço abdominais, ora faço agachamentos. 

Enfim, não percam os próximos capítulos porque nós também não.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Jogo de forças #2

O nosso jogo de forças continua. Umas vezes ganho eu, outras ganhas tu. Não é assim mesmo uma relação entre duas pessoas? Basta ter FairPlay e as coisas correm pelo melhor. Mas é isso que me falta a maioria das vezes, tenho sempre um mau perder e ao mesmo tempo uma consciência que me faz sentir culpada pelas vezes em que justamente ganho. Sou um animal estranho, eu sei.

Dar o braço a torcer é coisa que não faço com facilidade. Já o parti uma vez quando era criança e as dores não foram agradáveis. Estaria tudo certo mantivesse eu sempre este espírito forte e inabalável. Mas e a culpa? Talvez seja genética... 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Coisas que deixam de ser possíveis quando crescemos

Por/ter o sono em dia. É uma luta inglória, ele ganha sempre.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Jogo de forças

Não digo nada se tu não disseres. 

E podemos ficar assim eternamente.

sábado, 1 de novembro de 2014

Quando os génios falam por nós

Porque neste momento me é difícil arranjar palavras. Deixo que um dos génios fale por mim:

Diz o meu nome
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem 
os lábios
sopra-o com a suavidade
de uma confidência
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça

Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno

Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci

Porque a minha mão infatigável
procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos

No húmido centro da noite
diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome

in Raiz de Orvalho, Mia Couto

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Desabafos de mim para mim #1

"Ah e tal não querias estar com ninguém."
"Ah e tal estavas bem sozinha"
"Ah e tal para a próxima cala-te e aprende a não dizer nunca"

Saravá

Gostava de me conseguir concentrar, sem pensar em ti. Gostava de ouvir uma música, sem pensar em ti. É uma situação nova. Não penso em ti por estar apaixonada. Penso em tipo por tudo o que um nós pode envolver. Não está a ser fácil e isto ainda agora começou. Mas está a ser bom o sorriso com que me deixas, a calma que me transmites e a maneira única como estou contigo me sinto a única mulher no mundo - ainda que o teu telemóvel não pare de tocar, cor cof. 

O que aí vier, virá. O que tiver que ser, será. Estou com energia. Saravá.

domingo, 19 de outubro de 2014

Invasão da propriedade privada

Este post é para ti. Sim, é para ti que estás a ler com um sorriso de quem acabou de conquistar o evereste. Sim, este post é para ti qu descobriste o blog hoje e não te calas com isso.

Sim, este post é para ti MP.

Estou a sentir-me despida, de cócoras e de rabo virado para ti. Descobriste o blog e disseste-me de iPad na mão como se fosse o maior triunfo da tua vida. Podes ter descoberto o blog, mas agora tens uma coisa muito poderosa nas tuas mãos: a nossa amizade. Por favor não o digas, por favor não o contes, por favor não o espalhes.

Imagina que tinhas 12 anos e que espalhavam o teu diário pela escola... Aquilo que eu estou a sentir não é muito diferente.

Danças

Uma dança ritmada, rodas o teu braço, entrelaças o meu corpo no teu. Passas levemente o teu nariz, os teus lábios no meu pescoço e no meu cabelo. Num instante das-me a volta, já estamos frente-frente a tua barriga dita o ritmo dos meus pés. A minha cintura jinga ao compasso da tua. Surpreendes com mais uma volta. Aproximas-me o corpo. Temos o peito colado. A música é calma agora. Dançamos ao sabor da nossa respiração. Olhamos um para o outro e sorrimos. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Segurem-me que eu vou-me a eles


Segurem-me que eu vou-me a eles. A quem? Aos senhores do Holmes Place de Algés, que me estão a ligar todos os dias desde setembro. É sempre a partir das 11h começa a vibrar, a luz a acender e a apagar,  aquele número acabado em 00... 

Um dia, sem saber de que se tratava, cometi o erro de atender: "olá, bom dia. Estou a falar com a dona Ana?". E é isto que me irrita, eu percebo que seja o trabalho deles. Eu percebo que ninguém gosta de ser incomodado, mas que se eles não fizerem isso são despedidos. Mas ao menos podiam ensinar-lhes as regras básicas -que infelizmente já não são tão básicas assim - da educação. Este senhor disse uma frase e conseguiu dar três erros que fariam as minhas avós desligar-lhe o telefone (não o fariam sem antes dizer com licença e explicar porquê, claro). Vamos por partes:

Olá, bom dia -tudo certo 
Estou a falar com a dona A.? - tudo errado. Tão errado que até me dá urticária. Primeiro porque é que eu hei-de responder a alguém que nem sequer se apresentou? Podia ser um psicopata e eu a dizer-lhe "sim, sim senhor psicopata. Já agora dá-lhe jeito a minha morada?". Depois, DONA A.?? Mas o que é isto das donas e dos senhores primeiros nomes?? Quanto muito está a falar com a Senhora Dona A. ou então com a Senhora inserir apelido. O mesmo se verifica nos homens, ninguém liga ao senhor Manuel, uma pessoa liga ao senhor Manuel Bento, ou ao senhor Bento. 

Claro que a conversa já tinha tudo para correr mal. Mas como o rapaz (pela voz não devia ter mais de vinte-e-poucos anos) não tem culpa que não o ensinem, lá continuei. Expliquei-lhe que estava a trabalhar e se me podia ligar mais tarde. Disse que sim. 

E lá chegou o dia, à hora de almoço. Escusam de imaginar o armagedão, eu conto tudo:

Eu: estou. sim?
HP: olá bom dia! estou a falar com a dona A.?
Eu: (revirar de olhos) está sim.
HP: sabe dona A. estamos a ligar-lhe do Holmes place de algés...
Eu: pois... Mas é hora de almoço, como deve calcular não vou falar de ginásios agora (até porque o meu bife com batatas fritas era bastante mais apetecível)
HP: então qual a melhor hora para lhe ligar?
Eu: ao fim do dia.
HP: tenho-lhe ligado a essa hora mas está a trabalhar.
Eu: (segundo revirar de olhos) pois, mas eu não tenho horas para sair.
HP: de manhã posso ligar-lhe?
Eu: (almoço a arrefecer) totalmente impossível,
HP: humm....
Eu: (antes que aquilo continuasse) está visto que também não tenho tempo para o que quer que me vá oferecer, dar a conhecer ou convidar. Muito obrigada, bom dia e continuação de um bom trabalho.
HP: pois, pois... Boa tarde...

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Quando o telefone toca

Os meus planos para a noite eram simples, ler um relatório, jantar, tomar banho e dormir. Mas, como sempre, não se devem fazer planos, num instante tudo muda. Li o relatório e jantei, é no preciso momento em que fecho a máquina da louça para a por a lavar que o meu telefone toca. 'E quando o telefone toca...' Não podia ser. 

A chamada seria mesmo tua? No visor só um número, sem nome. Deixei o teu contacto entre trocas de telemóveis mas lembrava-me dele como se nos números o teu nome estivesse escrito. Serias tu? Agora? Ter-te-ias enganado?? 

Atendi. "Estou, estás em casa?" Eras tu, disso não tinha eu dúvidas. "Estou." Mas o que me quererias? Achei que nunca mais me quisesses ver. "Estou aqui em baixo. Das-me a honra de me acompanhar num café?" Na minha cabeça estavas logo com uma doença terminal, ias sair do país para te juntar ao EI e querias que eu fosse uma noiva da jihad. Porque raio este convite? 

Desci. Não consegui esconder o meu espanto e preocupação. Acho que nem boa noite te disse. "Está tudo bem?" Riste e riste, "calma não vou morrer, nem te vim avisar que tenho uma dst." Uma dst , dessa não me lembrei eu. 

Entrei no carro. "Podes tirar essa cara de espanto ou medo?" Ri-me. Não me querias nada. Passaste aqui, lembraste-te de mim e ligaste-me. " não fazia sentido fingir que não existias" . E ainda bem que não o fizeste. Gostei de estar de contigo. "Faz isto mais vezes." "Por mim fazia todas as noites." 

Nem uma hiena do Rei Leão beberia isto


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Fogo pá que ainda me queimo

Ando a brincar com o fogo. Não ando a fazer nada de errado nem moralmente condenável. Mas há qualquer coisa denTro de mim que não está confortável com o que ando a fazer. As regras do jogo estavam bem claras e só joga quem sabe perder. Mas há dias como o de hoje em que me sinto mal. As mensagens, os telefonemas, a troca de olhares enquanto o telefone toca com outra mensagem. A outra mensagem enquanto se toma café com um.... 

Antes que pensem que sou uma libertina que anda com três pessoas devo alertar para o facto de não ser uma libertina e de não andar com ninguém. Não estou numa fase de relacionamentos, mas também não estou numa de fase de ter "amigos mais ou menos coloridos", nem amigos "às bolinhas", só quero amigos, só amigos. 

Mas isto deve ser uma coisa do destino. Quando uma pessoa está assim aparece gente de todos os lados, e tenho três amigos que querem ser mais que amigos. Eles sabem que eu não quero. Eles sabem que não vai passar disto. Eles sabem que eu não estou a mentir. Mas eu não me deixo de sentir mal por estar a tomar café com um quando o outro me manda mensagem. 

Se digo que estou a brincar com o fogo não é por achar que posso vir a gostar de um deles é por um deles deixar de gostar de mim. Deixar de gostar como amigo...

sábado, 11 de outubro de 2014

Os nervos são comunistas


Os nervos crescem nas palmas dos pés. Os nervos sobem até aos joelhos e fazem-nos tremer, sentimos um apoio que parece fugidio. Depois sobem até ao baixo ventre que se mexe como se um comboio passasse desafinado em cima de carris. Os nervos não se dissipam, espalham-se pelo corpo e fazem dele a sua casa. Os nervos encontram conforto no estômago e o estômago procura conforto no fundo de uma caixa gelado, de um pacote de batatas fritas. Os nervos são um caixeiro viajante que faz da garganta o seu acampamento. Os nervos agregam-se na face e fazem-nos corar, depois, apercebendo-nos do aumento de cor ruborizamos ainda mais com vergonha. Os neros são comunistas.

Os nervos são comunistas, uns radicais de esquerda que não reconhecem a propriedade privada. Ocupam as nossas mãos fazendo-as tremer. Os nervos são tramados, uns chatos que só atrapalham e não acrescentam nada. Só fazem barulho e não contribuem. Mas, tal como os comunistas, temos que aprender a lidar com os nervos. A viver com nervos. E, tal como os comunistas também nós perguntamos porque é que eles existem e não nós deixam trabalhar? 

Os nervos são comunistas. Não são daqueles tipos porreiros, mas mal informados, que fumam uns charros. Não, os nervos são daqueles comunistas que usam boina, botas largas e querem dominar o mundo. E, os nervos são comunistas.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Aprender a deixar de ser egoísta

De que sinto mais falta na mudança de trabalho? Do miminho. Sim, é do que sinto mais falta... 

Era muito acarinhada, apaparicada, por ser a mais nova - quando entrei- era tratada como um bebê. Mas sem desprezo e sem discursos paternalistas. Um bebe de quem todos gostam e querem, querem ajudar a crescer e a ser gente. E boa gente, gente competente, gente que contribui, gente que vale a pena ser gente.

Agora, somos muitos da minha idade, muitos da minha idade. Muitos que querem ser gente. E não há  a mesma atenção, o mesmo mimo, o mesmo carinho.

Não, é mau. É menos egoísta. 

Ah os dias felizes

É tão fácil pôr-se uma mulher bem disposta um dia inteiro e com potencial para durar o fim‑de‑semana.

Quinta-feira
. Uma boa notícia pela manhã
. Uma excelente notícia pela tarde
. Uma mensagem muito especial pela noite que leva a outras ainda mais especiais

Se sexta-feira já tinha tudo para correr bem melhora quando:

. Receber um bilhete para Rodrigo Amarante pela manhã
. Uma mensagem especial ao pequeno almoço 
. Um desafio exigente quando se chega ao trabalho

Aí que ainda há dias felizes

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Futuro meu, futuro meu, haverá algum futuro mais incerto do que o meu?

Não sei se já deram conta das assinaturas que agora aparecem na maioria dos textos dos jornais portugueses. Em vez de um nome de um jornalista aparece: 'Expresso'; 'Publico'; 'Redação TVI' e por aí fora... Que coisa bonita pensam vocês as redações unidas, os jornalistas à volta de uma mesa redonda a escrever acerca do mesmo tema. A sinergia das várias secções de um jornal que trabalham pelo bem comum. Pois, são pensamentos bonitos. É verdade que o são. Mas o problema é que há uma coisa que se chama Comissão da Carteira, outra que se chama Estágios Curriculares e uma terceira que se chama Estagiários. Agora pensam vocês, três que devem trabalhar pelo bem uns dos outros com o objetivo final de formar uma noa geração de jornalistas competentes. Mas também não... A comissão da carteira em 2008 decidiu 'pelo bem dos estagiários', dizem eles que esses teriam deixar de assinar as peças que escrevem sob pena de pagarem uma avultada multa. Que fique bem claro que eu deixo entre aspas a negrito a expressão 'pelo bem dos estagiários'. Não, não é o bem dos estagiários que se almeja. Hoje em dia os projetos de jornalistas, alguns muito melhores dos que andam no meio há anos, não têm direito a muito. Devo mesmo dizer que não têm direito a nada para ser justa e sincera. Os estagiários veem-se obrigados a aceitar condições escandalosas de estágios, muitos a ter que pagar para trabalhar. A maioria fá-lo de um sorriso no rosto, felizes pela oportunidade que têm, prontos a dar o melhor deles, o máximo dos máximos com a vil esperança de que um dia eles próprios possam vir a ter na mão uma carteira profissional. A única coisa que têm em troca durante os três, cinco, seis meses ou um ano de estágio é o portfólio com que ficam. São os textos que escrevem portanto vedar-lhes a assinatura é quase criminoso. Diria mais, é mesmo criminoso uma vez que há uma coisa chamada propriedade intelectual.

#somostodosbrasil

Não tenho aquele fascínio comum a qualquer português. O fascínio pelo Brasil. Tenho curiosidade em conhecer obviamente. Adorava tomar um banho naqueles mares maravilhosos, ouvir o samba e a boça nova. Beber um chôpe, e comer um pão de queijo. Mas, não sinto aquela ligação aos 'nossos irmãos', à terra de Vera Cruz...

Este ano com a Copa calhou-me fazer alguns trabalhos acerca do Brasil, na faculdade com os BRIC calhou-me ter que estudar o Brasil. A minha ideia inicial era de que cada vez que conhecia mais a cultura (verdadeira, e não a das telenovelas) brasileira mais acreditava que aquele povo estava condenado. Estava condenado porque aprendeu connosco o pior que nós temos e aperfeiçoou o engenho. Podia parecer xenófobo aquilo que eu dizia. Mas não era de todo. Não sinto fascínio pelo Brasil porque me sinto culpada por aquilo em que transformamos um pais que tinha potencial para ser a joia da América do Sul. O mesmo não acontece em relação a África, aí sim, sinto aquela 'chamada à terra' de que todos falam.

Mas depois o Brasil, os basileiros deram-nos uma lição. Pegaram na educação que lhe tinham dado a custo e com condições miseráveis e lutaram. Mostraram que afinal não eram um povo condenado. Eram e são um povo capaz que se quer capacitar mas que tem um governo, um Estado, uma máquina que os condena. Pegaram nos cartazes e foram para a rua, munidos das suas vozes de comando, provaram que na terra do futebol o futuro e a vida interessam mais.

Os jornalistas internacionais ouviram o chamamento, sentiram o fascínio. A Dilma tentou menosprezar a situação, a FIFA estava assustada e nós aplaudíamos. Já passaram quinze dias desde o final da COPA, e as capas jornais deixaram de ser verdes e amarelas, agora são só verdes da cor do BES. Já passaram quinze dias desde que os turistas e as grandes equipas saíram do Brasil. E nós aqui estamos, sem saber o que é feito do Brasil e dos corajosos brasileiros. Aqui estamos, dez anos passados do nosso EURO, ainda a pagar os nossos estádios, muitos deles já sem utilização muitas das suas equipas já sucumbiram enterradas em dívidas e os jogadores sem salários já não se vestem nos fascinantes balneários. A diferença é que há dez anos nós, os fascinantes 'portugas', saímos em conjunto para ver os fascinantes estádios, percorremos as fascinantes autoestradas de sorrisos no rosto e aplausos nas mãos.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Aquela que faltava (MS)

E voltámos ao choro... Em menos de 5 minutos ou coisa que o valha... Mas desta vez de alegria. Recebi uma mensagem a dizer qualquer coisa como "acabei de saber que fui promovida" e a minha primeira reação é largar em prantos.

A minha baby foi promovida, ainda não sei como nem para que função. Mas sei que o foi. E eu tenho pedido tanto, mas tanto por este momento. A minha MS é alguém incrivelmente único, que me conhece até ao mais ínfimo pormenor. Mas o que a faz ser fantástica, não é a relação que tem comigo. É a relação que ela tem com o mundo. Não há ninguém que a conheça e que lhe fique indiferente. Não há ninguém que não pense que ela é feita à medida, tamanho único, coleção exclusiva, casta d'Ouro e edição gourmet.
 
A minha MS este ano tem andado numa pequena montanha russa que a tem desequilibrada, que lhe tem imposto desafios e que a têm feito reagir com a cabeça muito quente. Este ano tem sido ´difícil para ela sentir um chão forte, que está preparado para a receber à primeira, à segunda e vigésima queda. Sente-se a andar numa corda que une o vale do Rei Leão... E nem isso a fez perder aquele brilho, aquela vontade inerente de estar sempre la, pronta para mim, para ti, para eles...para o mundo.

Eu tenho tentado mostrar-lhe que sou o chão que ela precisa, que estou aqui para as vezes que ela cair. Só não estou aqui para quando ela desistir (estou, mas desvio-me um bocadinho antes). O maior defeito da MS é querer agradar o mundo inteiro, querer que toda a gente goste dela e sofrer se alguém não o faz.
 
Vou ligar-lhe agora, que já passei do histerismo ao choro e de volta ao histerismo. Vou ligar-lhe agora e perguntar como é possível ficar tão feliz por alguém que não sou eu?

Viver estranhamente

Estranhamente bipolar... Com uma direta em cima depois de ter tido uma insónia em que me deu para pensar estranhamente na vida e chorar. Vim agora a casa antes de seguir para ir fazer umas fotografias e ao contrário do que era altamente expectável passei a manhã estranhamente bem dispota.
 
Alguém que me dê lítio. Isto está a chegar a proporções nunca antes vistas. Não posso culpar as hormonas, o trabalho, os problemas. Desta vez a culpa é mesmo só minha, Sou um bicho estranho e tenho que me convencer disso.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Insónias #1


Tenho saudades suas avó

 
 
A minha avó sabia ler, a minha avó não teve que levar o mundo na cabeça, não teve que ver o sol nascer todos os dias. A minha avó não teve sete filhos, teve três e um deles foi o meu pai. A minha avó morreu cedo. Dela lembro-me do riso, das festinhas carinhosas, do ar altivo com que falava quando dava ordens. Dela lembro-me das noites em que me acalmava, dos seus olhos vermelhos que escondiam o choro quando o meu avô morreu. Lembro-me dela numa cama, em casa, num hospital. A lutar contra a estupida doença. Foi por ela a primeira vez que chorei. Que chorei a sério. Um choro que doi no peito, que esgota as lágrimas e que faz sofrer. Foi no dia em que ela morreu que senti pela primeira o que é ver a vida a mudar. As memórias que tenho da minha avó confundem-se com o que dela me contam. A minha avó perdeu o amor da vida dela. A minha avó morreu com os filhos criados e com quatro netos por criar. A minha avó morreu cheia de certezas e deixou-nos  cheios de dúvidas.
Eu tenho saudades suas avós... Gostava de discutir consigo a importância da Republica, a grandeza do 25 de abril e das diferentes maneiras de pensar. Sei que íamos discordar. Gostava de voltar a fazer os trabalhos de casa na camilha do avô, de ir à Cenoura comprar vestidos, lanchar no horta e jantar suflé com bolo de chocolate à sobremesa. Eu tenho medo da morte. Porque sei o que ela é. O que ela leva e o vazio que deixa. Sei o que é chorar porque vemos uma fotografia, ouvimos uma frase ou pensamos no passado. Eu tenho saudades da minha avó.

I want to follow you, so don't follow me

It's so hard to move on, but nobody can love someone for ever.
It will be my final request: I want to kiss you. Let's do it.
 
But what does that mean? What am I doing? This does not make any sense. I'm scared. I'm an idiot after all. I like my old self. I miss her. She had 'nuts'...
This is kinda kreeping me out, all of this new thoughts and new way of feeling. I need an answer; let's get over with all of it. My heart is racing, not seeing you feels like the end of the world. But as I told you crazy me do crazy things. Trust me because I just can't trust me now. I just want to scratch the past and start again.
Forget my last request and I'll forget you.
 
Make a whish... And let's toast do the incredible and unique relation we had. And, again, that's it. What do you think? Don't fight it, this was never the way it was suposed to be... So I guess we shoudn't start doing wright things now.
 
I'll walk way, wave, fell de summer, say goodbye but don't, please, don't follow me.

#1worldproblems

O título está à partida errado, este é um daqueles problemas que se aplicam ao primeiro mundo e ao terceiro. Talvez até no terceiro mundo este possa ser um problema bem mais grave do que é no mundo em que vivemos. Mas, no MEU mundo este é um problema que se está a tornar uma preocupação. Eu sei que ainda não disse qual é... Eu sei que estou a divagar e que está tudo à espera que eu fale na fome no mundo, no acesso a cuidados de saúde, na igualdade de género... Mas não, lamento, de momento há uma escritora fútil que se apodera de mim cada vez que início sessão no blog.
 
Isto anda complicado para este lado a nível romântico... Embora o meu horóscopo na Caras prometa que todas as semanas há uma amizade que via crescer até agora eu ainda não vi nada. Até ao dia de ontem... Depois de uma semana de chamadas com um possível entrevistado chegou o derradeiro dia em que o conheci. A voz bonita refletia-se de maneira igual no sorriso, nos olhos e no corpo em geral. Simpático, divertido, educado, carinhoso... Podia continuar aqui até amanhã... E ontem, com ele, foi o que fiz. Continuei.. Continuei... e continuei... até ao momento em que vejo uma aliança no dedo.
 
Escondo a minha curiosidade no meu profissionalismo e pergunto pela mulher. "Única, maravilhosa..." Ele podia continuar a tarde inteira, pareceu-me. Depois fala-me nos filhos "Lindos e amorosos". Dei-lhe os parabéns e continuei, agora sem segundas intenções. Munida apenas do meu bloco, da minha caneta e do meu profissionalismo.

Bem sei, bem sei que isto parece um problema ridículo. Mas, o que vocês não sabem é que este ano todo os seres que me despertaram algum interesse eram todos casados. Portanto, isto só pode ser uma praga. Praga essa que está a tomar proporções muito grandes uma vez que passaram de 'casados' a 'casados e com filhos'.

Eu juro que não sei o que se passa. Mas a idade adulta faz-nos dizer e sentir coisas que nunca na vida pensámos ou que gozámos. As minhas amigas tentam marcar-me encontros como se dissessem "o teu útero vai ficar fora do prazo", nos festivais de verão encontro os 'ex' com as namoradas e praticamente de anel no dedo, no final da entrevista mandei uma mensagem a um amigo a dizer "confirma-se ou são casados ou são gays". EXPLIQUEM-ME O QUE SE ANDA A PASSAR COMIGO?? Aqui estão reunidos os pensamentos e as frases que eu sempre disse que ninguém ia ouvir vindas de mim.
 #1worldproblems vs #realproblems, certo?

quinta-feira, 17 de julho de 2014

PARABÉNS A DUPLICAR MJ

Odeio tanto quanto adoro esta coisa que inventei de dar os parabéns aos meus amigos pelo blog. Odeio porque nunca o faço a tempo, porque às vezes o tempo que separa o aniversário do amigo em questão da altura em que me lembro de escrever. Adoro porque hoje em dia é muitas vezes o que me obriga  a escrever com alguma regularidade no blog que infelizmente tem ficado para segundo plano.

Nesta fase do campeonato já tenho tantos aniversários em atraso  que mesmo que escrevesse um por dia até ao final do mês acho que não  conseguia parabenizar todos os meus  fofinhos. E o blog ia tornar-se a maior seca de que a blogosfera tem memória... E atenção que eu sou uma fervorosa acompanhante das discussões "deve-se ou não bater nas crias" no Pais de Quatro. Desta forma decidi juntar os anos da minha MJ ao elogio publico que lhe quero fazer pela coisa maravilhosa a que assisti ontem.

Primeiro devo dizer que sou uma fã incondicional de teatro, segundo quero dizer que sou uma fã incondicional da MJ e que estes dois em conjunto provocaram em mim um calafrio, um arrepio uma ansiedade, como se da minha própria estreia se tratasse.

Não está a ser fácil escrever este texto. A MJ conhece o blog, é a única dos meus amigos. Em tempos foi uma leitora assídua e eu não quero estar a escrever para ela ler. Eu escrevo porque é verdade. E vou tentar esquecer-me que há uma possibilidade de ela estar desse lado, enquanto eu falo sobre ela neste.

Conheci-a no básico. Na altura ela não gostava de mim. Depois no décimo ano tornámos-nos colegas de turma. Ela queria ser bailarina, eu queria ser jornalista. Não sei bem quando nos tornámos amigas. Não me lembro do dia em que me apercebi que ela era uma das pessoas mais importantes da minha vida. Mas lembro-me do dia em que ela soube que não podia ser bailarina, em que o mundo dela se ia colapsando a seus pés. Lembro-me do dia em que o meu tio teve um ataque cardíaco e foi a ela que eu recorri. Depois lembro-me de tudo... Dos risos, das zangas, dos nervos nas candidaturas à faculdade. Lembro-me das férias de verão, das saídas, das tardes de estudo, das conversas debaixo de uma manta com uma chávena de chá na mão... Lembro-me de tudo, todos os dias. E não quero esquecer. Nunca.
 
Tenho em relação à MJ uma atitude muito maternal que eu não percebo de onde vem, nem como começou... Tenho medo por ela. Que não esteja preparada, que se magoe, que bata com a cabeça na parede. Tenho medo pelo futuro dela. Depois de a ver ontem percebi que lhe está destinada uma vida de sucessos. Mas tenho medo, medo que não saiba percorrer o caminho que lhe está destinado. Que se meta por atalhos ou por curvas cotovelo. Que pare para abastecer e se esqueça de continuar.

Mas esta viagem faz parte. É uma viagem que só ela pode fazer. E, se leres isto, sabes que tens aqui uma porta para quando houver nevoeiro no caminho. Ontem antes da peça falava com a diretora da escola dela, partilhamos alguns medos. Agora deixo aqui o que ela te deixou:

"Agora que tens asas, lembra-te de as usar.", Patrícia Vasconcelos 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Folga

Hoje estou de folga,

Plano: Queria dormir até às 11h tomar um bom pequeno almoço. Ir comprar o jornal, ler numa esplanada. Adiantar trabalho na Gulbenkian e às 16h ir ter com a minha mãe que faz anos.

Realidade: Acordei às 8h porque não consegui dormir mais. Tomei um café e um copo de sumo como pequeno almoço. Li, mas foi em casa... O ponto positivo foi que como em vez de acordar às 11h acordei às 8h consgui adiantar mais trabalho. Não foi na Gulbenkian, mas adiantei. Agora são 15h tudo atrasado para ir ter com a minha mãe.

Conclusão. Srªs Bloggers conhecidas que tomam pequenos almoços que parecem encomendados pela Globo, que conseguem acordar tarde nas folgas, que estão com um aspeto maravilhoso e ainda por cima foram correr, COMO FAZEM?

Agradecida,
É que depois de ler os vossos blogs acho que as minhas folgas estão ao nível das folgas da lesma.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Obrigada

"Conhecerás novos amigos mas nunca esquecerás os antigos." Esta é uma daquelas frases que andam no facebook em cima de uma fotografia com um filtro manhoso e que é partilhada com hashtags e corações. Mas é verdade. Antes de dizer o que quero dizer faço uma declaração de culpa. Eu tenho os melhores amigos do mundo. E nos últimos dias tenho sido a pior amiga do mundo. Mas isso é para discutir em sede própria.

É incrivel pensar que ainda que eu tenha os melhores amigos do mundo, já há muitos, muitos, muitos anos e que não deseje mais ninguém senão eles, tenho encontrado mais amigos bons, bons também eles melhores do que os amigos de toda gente. Não há uma fórmula que diga: "Melhor é amigo é aquele que entra na tua vida e que passado dois anos ainda não saiu, nunca te lixou," Não, esta fórmula não existe e não se aproxima minimamente da realidade.

Por vários motivos... (principalmente porque acabei de a inventar)Mas por experiência, sei que esta fórmula não existe. Este ano conheci duas pessoas fantásticas. Duas pessoas que entretaram passado pouco tempo para o reduzido grupo a quem chamo amigos. Verdade seja dita que um deles entrou quase instantaneamente. Conheci-o numa noite e achei-o muito interessante. Numa oportunidade de fumar um cigarro (fumar ainda tem esta vantagem) falámos e falámos. Ao terceiro cigarro vieram chamar-nos, ver se estava tudo bem. Estranharam... sem nos conhecermos, ali a falarmos três cigarros de seguida.

Gosto muito dele. Somos  muito parecidos. Os dois com trabalhos muito complicados no que ao consumo de tempo diz respeito tentamos sempre estar juntos e a diversão é garantida. Mas também não é por não nos vermos que amuamos. No fundo, somos amigos. Podia ser só diversão e companheirismo. Mas não. Já surgiu a oportunidade de termos que nos ajudar (mais ele a mim do que eu a ele), de nos pormos à prova e acho que os dois superámos. É um amigo, sim.
 
E não, não há qualquer tipo de atração física, não há devaneios de um futuro. Somos amigos, ele é namorado de uma amiga. E eu gosto dele assim!

Escrevo estes parágrafos sem saber se o favor e ajuda que ele meu deu vão resultar. Escrevo antes porque quer resultem, quer não eu estar-lhe-ei eternamente grata e sei que ele não vai querer que eu lhe agradeça
.
 
 
 

Falaram-me de ti

Falaram-me de ti. Não sabiam que eu te conhecia. Não sabiam que eu gostava de ti e tu de mim. Gostei e gosto. Gostamos. Porque somos atípicos e porque nunca mais falámos. Mas quando nos vemos rimos sempre. E mesmo os que não sabem dizem 'é engraçado como vocês se dão tão bem'.

Falaram-me de ti. Não sabiam que eu também podia falar. Mas disseram coisas bonitas. Elogiaram-te. Fiquei feliz. Por ti, por mim, por nós. Porque nunca houve um nós. Mas haverá sempre um nós.

Falaram-me de ti. Foi uma rapariga. Era bonita. Falou de ti com um brilho no olhar. Continuas igual. Derretes corações. E eu percebo. Só o meu não derreteste. Talvez um bocadinho.

Falaram-me de ti. E agora penso em ti. Nesse tempo bom que passámos juntos. No que partilhamos. No que rimos e no que olhámos. Não canso que me falem em ti. Porque até o dia em que me despedi de ti foi bom. Foi como tu és. Bom. Disseste que percebias. Sabias que eu te mentia. Que na realidade era dele que tinha saudades. Mas disseste que sim. Falaram-me de ti. E eu lembrei-me dessa tarde em que me limpaste as lágrimas. Que insististe. E que depois de veres que não valia a pena me convidaste para jantar. Acho que nunca rimos tanto como nessa noite. Falaram-me de ti. E eu lembrei-me que tu me deixaste em casa. Dei-te um beijo na bochecha e saí.

E hoje falaram-me de ti.

terça-feira, 3 de junho de 2014

O dilema das socas

Pois que chega um dia em que pomos tudo em perspetiva. Seja antes da hora de votar, de aceitar um emprego, de emigrar, de casar ou de sair de casa de manha.
À exceção do casamento já passei por todos aqueles momentos cruciais em que decisões têm que ser tomadas. Hoje passei pelo mesmo problema. Foram segundos, horas, minutos de horror. O pânico!








Há uns mezinhos recebi umas senhoras socas, o que para mim significou uma viragem. Sempre fui fiel ao mandamento "só usarás socas no caso de ires regar as couves ou vender peixe na feira.". Mas uma mulher não é de ferro. Uma mulher não resiste a um saquinho das Cubanas* pousado no quarto, dias e dias... Uma mulher gosta de padrões animais e da floresta amazónica. Uma mulher é fraca.








Já as tinha posto nos pezinhos variadíssimas vezes. Mas sempre nos limites do apartamento. Os comentários dos mais variados sectores da moda caseira, não podiam ser mais diferentes. O meu irmão diz que perdi a noção do ridículo. A minha irmã diz bem combinadas têm algum potencial. O namorado dela diz que é a coisa mais horrível que alguma vez viu. O meu amigo JMS diz que não me consegue imaginar com aquilo nem pintada de verde. Entre outros...








Hoje estive com elas nos pés um dia inteirinho, claro está sempre nos limites do apartamento. Vou manter-me assim para o jantar vem a minha prima cá a casa e como qualquer mulher do Norte que se preze, não vai ficar calada se não gostar.









segunda-feira, 2 de junho de 2014

O meu A. 09/05/2014

Esta é uma grande grande falha. Já é quase com um mês de atraso que venho parabenizar o meu A. Esta "tradição" que criei de parabenizar aqueles de quem gosto assim MUITO no blog, não está a correr bem. Chamemos-lhe o "ano teste". Até porque já falta aqui tanta gente, já ficou tanta coisa por dizer que mais vale desculpar-me desta maneira.


Mas agora indo ao meu A. que eu conheço desde... Bem conhecer, conheço-o desde a primeira classe mas só começo a ter memória dele na minha vida na altura do básico. Como qualquer relação de menina-menino, nestas idades de cão e gato, eu e o A. tivemos altos e baixos. Os altos foram sempre muito altos e os baixos, bem os baixos não foram nada de especial.
Sabem quando viajam até ao outro lado do mundo, até à outra margem, até ao outro lado da estrada ou descem um andar de elevador e pensam que queriam partilhar esse momento com um amigo? Pois o A é esse amigo.


O A. está nos momentos importantes, está nos momentos parvos, está nos momentos que vamos esquecer e nos momentos que vamos lembrar para sempre. Um verdadeiro amigo, daqueles que já não se fazem. Como qualquer (meu) amigo o A. tem um feitio particular, tem piadas que deixam os corações mais frágeis petrificados e tem o meu amor incondicional.


Um coração frágil que escondido no corpo de um homem forte se diz capaz de aguentar tudo. Uma ironia e por vezes rispidez que usa como escudo da sua bolha inviolável. (É claro que aqui o inviolável ganha a mesma conotação do irrevogável do Portas.) De vez em quando, muito de vez em quando, o A deixa-nos entrar no seu mundo, partilha o que o preocupa e até nos conta segredos.

Este aniversário foi particularmente especial para o A.,  contou um "segredo" à maioria dos amigos e à família. Cheio de macaquinhos no cérebro achou que os 23 eram o ano. E nós dissemos "Ainda bem". Cheio de macaquinhos no cérebro esperou que nós tivéssemos reações de macaquinhos, de primatas, de hulligans talvez.

Mas o A. sabe, e eu também sei, que embora este ano tenha sido especial. Não é este ano que o define, que nos define. Chegámos a este ano juntos, graças a todos os outros que ficaram para trás. E vamos continuar este caminho porque, como dizem os senhores da Chico "A felicidade é uma viagem que se faz desde pequenino." E eu, desde pequenina que só sei ser feliz com ele.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

tudo tem um fim

Não está a ser fácil meter na cabeça que daqui a três semanas estou mais uma vez "desempregada". Há dias em que me apetece odiar o meu trabalho, odiar as pessoas só para não custar mais o dia em que me vou embora.
Sempre soube e sempre fui avisada que chegando ao fim do contrato não havia hipótese nenhuma de ficar mais tempo. Mas todos os dias o meu subconsciente foi alimentando a vil esperança de ficar. Agora custa, custa e doi olhar para o futuro e ver incerteza. Saber que muito dificilmente alguma coisa que va encontrar se possa comparar a estes meses.


Se houve dias em que me apeteceu mandar pessoas para sitios feios? Se houve dias em que o despertador tocou e nao me apeteceu levantar? Houve claro! É um trabalho, não é o paraíso. Mas contas feitas esses contam-se pelos dedos de meia mão. Ou até um meio dedo bastava. 


Agora não sei o que vou fazer. Mas quando sair vou sair com a promessa de regresso. E quando regressar vou chegar com a promessa de ficar. Se algum de vocês achou que se ia livrar de mim está muito enganidinho.

9/04/2014

O melhor da minha profissão é não ter dois dias iguais. Mesmo quando os trabalhos nos dão a volta à cabeça, mesmo quando já não suportamos um tema pelo menos sabemos que o que vem a seguir nada vai ter a ver e que um desafio novo signiifica um teste às nossas capacidades. Aprende-se muito sobre muitos temas e tornamo-nos peritos em assuntos complicados que nunca pensámos abordar.

Mas com toda esta imprevisibilidade acontece que há dias em que a lógica anda à deriva e que o fio condutor se rompe logo de manhã. Hoje foi um desses dias. Tomei o pequeno almoço em português, ouvi numa reunião da boca de uma colega que "as mulheres têm que ter cuidado da maneira como se vestem para não serem violadas". Pois... Não começou muito bem o dia. A seguir à reunião o almoço foi em italiano. A tarde foi passada a ler em espanhol e agora espera-me um jantar com noruegueses onde vou falar inglês. 

Hoje tive dreito ao pacote completo! Se há dias em que me queixo da falta de ritmo, há outros como o de hoje que compensam tudo. 

Cada dia estou mais apaixonada, cada dia estou mais atenta e cada dia é diferente do dia anterior. 
Há dias em que a inspiração só me chega para inutilidades. Está a apetecer-me escrever. Cada vez que inicio um texto para esta edição ou para completar trabalhos para edições futuras  começo a divagar e já conto com quatro documentos de textos que não posso utilizar. O que se quer não é propriamente o que estou a fazer.
Estou a chorar a rir com algumas ideias de trabalhos que vou tendo ao longo desta tarde. Davam coisas engraçadas... Se eu escrevesse para o Correio da Manhã ou para a Vice!! Santa parvoíce. Faz-me falta um tablet para ir postando alguns pensamentos no blog à medida que vou tendo as ideias. Mas como prometi a mim mesma que jamais escreveria o que quer que fosse para o blog aqui no computador do jornal resta-me apreciar estes momentos fortuitos sozinha, E o que me estou a rir.


Às vezes gostava que alguém tivesse acesso à minha cabeça. Preferencialmente um psiquiatra ou entao um maluquinho. O psiquiatra teria trabalho para um ano à vontade e o maluco certamente ficava instantaneamente curado ao ver que há gente pior que ele no mundo e que aparenta ser uma pessoa "normal".

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Este já devia ter entrado em Março

Ui ui... que este é o mais atrasado de todos. Mas se o que conta é a intenção as minhas não podiam ser as melhores!

Parabéns S.! O interessante da amizade é que os amigos não se escolhem. Se alguma vez ouviram dizer isso posso garantir-vos que é mentira. Os amigos entram nas nossas sem pedir autorização. Podemos conhece-los há dezenas de anos, tomar café com eles e contar-lhes uma coisa ou outra. Mas há um dia, sem ninguém perceber muito bem como e porquê, em que eles se tornam mais. Mais próximos, mais importantes. Mais... insprescindiveis. 

Esta é a história da minha amizade com a S. Já a conheço desde o 6º ano (vamos ocultar há quanto tempo isto foi). Mas só há uns anos para cá é que eu passei a pensar nela automaticamente quando tenho um problema, uma novidade ou uma futilidade que quero partilhar.

A S. fez anos e eu fui a casa de propósito só para lhe dar um beijinho. Se alguém me dissesse há 4 anos que isto ia acontecer eu não ia acreditar. A S. percebe coisas em mim que poucos amigos podiam perceber. No meio das nossas diferenças encontramos parecenças únicas que nos unem. À medida que fomos crescendo o nosso carácter foi-se formando e a moldura de valores que mostra a nossa personalidade é cada vez mais parecida. É nos pormenores, nas coisas mais importantes que nos unimos. 

Muitos parabéns minha S, entraste na minha vida e a escolha não foi tua, Mas uma coisa eu prometo. Quem entra nunca mais sai!!

terça-feira, 11 de março de 2014

A abordagem é errada. E a que abordagem me refiro?? À dos terapeutas dos Spas.

Pois é, acho que não estão a saber atingir o seu principal objectivo. O do relaxamento. Pois que se eu vou a um spa é para relaxar. Até posso aliviar aquela dorzinha chata das costas, mas o principal objectivo é relaxar. E isso não tem sido possível.

Pois que não. A massagem começa muito bem. Dispo-me, deito-me de cabeça para baixo bem com a cara no meio do Donut. Ora começa com toalhas quentes, ora com cera de velas, ora com algas mágicas... Depois começam a massajar, a desfazer aqueles nós que nos prendem os movimentos, e que bem que sabe aquela trepidação no meio da coluna, a pressão na zona lombar, a força exercida nos ombros.... Pronto, é aqui que se estraga tudo. Nos ombros... Porque é sempre no momento em que o terapeuta está nos ombros que nós decidimos abrir os olhos. E invariavelmente o terapeuta está a usar CROCS.

 Pois que, estou eu quase a atingir o nirvana tamanha é a magia das mãos do profissional do bem-estar, quando os meus olhos esbarram naquele atentado. E começa tudo outra vez, o sangue a ferver, os nós nas costas, o peso nos ombros, o bolo no estômago. TUDO. Uma pessoa está a meio da massagem a precisar de uma novinha em folha crocsfree.

Nunca percebi o que levou alguém a inventar esta espécie de calçado-chinelo-tenis-coisa-estranha. Mas ainda me custa mais a perceber o que leva alguém a comprar aquilo e a usar. E quando colam pins com sapinhos ou arco-iris? Pronto lá voltou o mal estar geral.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Primeiras Impressões

Hoje num momento fortuito, para não chamar de estupidez, cantava e dançava de forma exagerada o mais recente hit do Pharell Williams com colegas de trabalho. No meio de braços propositadamente descordenados e de agudos desafinados uma colega diz-me: "Já chega! Quem diria?!?! Eras tão enjoadinha..."

Este comentário obviamente que despertou a minha curiosidade. E é nesta altura que a A. me explica que quando eu a conheci ela disse que eu não fui simpática.

Já mo disseram uma ou duas vezes, mas na maioria das vezes costumo ouvir o contrário. Embora a A. me afiançasse que foi bom, é que tal como eu, ela também não gosta de pessoas exageradamente simpáticas, tenho medo que isto me possa trazer alguns problemas.

Mas cria-se então um trade off entre a simpatia e a vontade de se fazerem nossos amigos. Não que eu queira fazer amigos. Os que tenho são-me suficientes, e são os melhores que podia ter. Mas também não quero fechar-me numa tribo inviolável. Há por aí muita gente que não me importava de conhecer e tornar minha.

Digam-me então como se resolve esta situação? E vocês? Iam com a rapariga exageradamente simpática, com a antipática ou com aquela assim-assim que está a ter um dia mau??

quarta-feira, 5 de março de 2014

Gostava de me lembrar de te esquecer

Tenho pensado em ti... Quanto menos quero pensar em ti, mais penso em ti.  Quando tento esvaziar a cabeça só a tua imagem, a tua voz, o teu cheiro fica a flutuar na minha cabeça. Tenho pensado em ti.

Se entro num sítio novo quero levar-te comigo, partilhar o espaço, a experiência. Estar contigo. Ias gostar tanto de me ver agora. Ias ficar tão orgulhoso. Ias, ias, ias...

Vi o "Amour" e pensei em nós. Não que fosse amor o que tínhamos. Mas a única pessoa em quem consegui pensar foi em ti.

Quando não me apetece estar com ninguém a seguir ao trabalho é contigo que quero estar. Em silêncio. Deitada ao teu lado. Sem pensar. Sem falar. Sem sentir. Sem amar. Estar. Estar contigo. Sem mundo. Sem planos. Eu e tu...

Mas não vai acontecer. Tu vais voltar, e eu vou-te dizer que acabou. Porque acabou. Porque tem que acabar. Porque... Porque... Porque....

Foste o melhor e o pior que podias ter sido. E nunca me vou conseguir esquecer de ti por causa disso. Vi um amigo teu. Sorri e acenei. Ele não sabe quem eu sou. Olhei para ele apeteceu-me perguntar-lhe por ti. Mas continuei. Não quero saber de ti. Quero, mas não quero. Quero, mas não posso querer. Quero, mas não vou.

Se ao menos tivesse gostado, em tempo, tanto de ti como tu gostaste de mim. Se, se, se...

Parabéns I.

Data : 24 de Fevereiro

Ando com um problema em parabenizar os meus amigos neste blog no dia em que efetivamente fazem anos! Mas como eles não leem o blog, ou se leem não sabem que sou eu, não há grande problema! Desde que não me esqueça de lhes ligar, está tudo resolvido :p

Pois é, fez anos a minha I. e como é normal começaram as depressões pré-aniversário, durante aniversário e pós-aniversário. A I. não lida muito bem com a passagem do tempo na versão "nasceste neste dia e por isso vamos abrir champagne e soprar umas velas". 

Nós, os amigos da I., como fazemos de tudo uma desculpa para abrir champange (ou que estiver mais à mão) fazemos sempre questão de a lembrar do dia e festejá-lo com pompa e circunstância.

O que a I. não sabe é que o seu aniversário merece ser celebrado. Um ano de passagem de I. pela terra não é uma coisa que se encare levianamente. Para mim, na minha modesta opinião de amiga da I., é uma benção. E todos deviam ter direito a essa benção. Partilhar pelo menos um dia a experiência de ser amigo dela.

Um sentido de humor único. Uma pitada de uma "cromice" de que só ela é capaz. Um coração de manteiga que tenta esconder de tudo e de todos. E uma obsessão compulsiva com ideia de que ser-se saudável devia ser lei. Este é um bilhete de identidade muito redutor da minha I.. Mas nada do que eu possa dizer, ou escrever, vai fazer justiça à pessoa que ela é.

Todas as experiências, todos os momentos, todos os obstáculos que teve na ideia usou-os da melhor maneira possível. Para aprender, para crescer e para se tornar uma pessoa melhor. Nota-se bem em todas as suas decisões o pensamento e dedicação que coloca em cada uma. Embora possa parecer despistada e pouco atenta à maioria das pessoas, a I. pensa muito nas decisões que toma. Pensa, pensa e pensa. E às vezes pensa tanto que o pensamento a consome e acaba por se precipitar apenas para não ter que pensar mais. 

Mostra-se um bicho muito forte, que não está sujeito à maioria das coisas que nós, os simples mortais, estamos. Mas a I. é muito sensível. Uma sensibilidade quase infantil e por isso vive com o mundo na ponta dos dedos. Finge não sofrer, finge sofrer. Joga com os próprios sentimentos. 

Muitos parabéns minha I.. Não mudes nunca por mais que eu insista que deves mudar. Por mais que eu te diga que tens que te focar. Não mudes nunca. Porque eu gosto de ti assim e uma I. diferente, não ia ter piada nenhuma

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Um elogio por dia não sabe o bem que lhe fazia

Às vezes não damos valor à força das palavras e à influência que elas têm no nosso dia-a-dia. Ao longo do último mês tenho sido muito mimada. Oiço coisas boas a meu respeito vindas de pessoas a quem eu quero passar a melhor imagem possível. Estes elogios são verdadeiros, ninguém mos cobra. São só meus e sinto que os mereço. Mas acima de tudo é bom ver que estou a criar uma plataforma de confiança e de lealdade para com aqueles que trabalho todos os dias.

Podemos dizer que só nos interessa aquilo que pensamos e estar bem com a nossa consciência. Mas quando conseguimos estar em paz e ser gratificados por isso posso garantir-vos que não há melhor sensação no mundo.

Não gosto da cultura portuguesa do "elogiou estragou" até porque comigo tem funcionado exatamente ao contrário. Sei que a cada elogio estou cada vez mais perto de ouvir uma dura crítica ou reprimenda. E isso deixa-me bem. Não me preocupa. É a maior prova que tenho para assegurar que os elogios que recebo são verdadeiros. A cada elogio trabalho com mais força e afincadamente para que a seguir venha ainda um elogio maior. 

Acima de tudo tenho a certeza que o maior compromisso e maior prova está a ser de mim para mim. Tem sido difícil conciliar tudo, e o que tem ficado mais estropiado é o tempo para estar com os amigos. Essa é a única coisa que quero mudar neste momento. Até porque sem eles nunca conseguiria estar a ser eu, saber que os tenho ali dá-me uma estabilidade muito grande. Mas, tal como eu, eles também precisam de ser mimados. 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

O blog dos sábados preguiçosos

Era assim que se devia chamar este blog. Tendo em conta que já não é bi-diário, diário, semanal ou mensal. É simplesmente o blog do "é sábado, estou sozinha em casa. Vou escrever." Durante a semana tenho imensas ideias de textos. Principalmente quando ando em serviço. As histórias que ouço, as coisas que vejo. Penso sempre "tenho que escrever isto no blog".  Mas depois ou não quero escrever no trabalho, ou não tenho tempo para escrever no trabalho e quando chego a casa a última coisa que me apetece é estar ainda mais tempo à frente de um computador. Portanto, só nos sábados preguiçosos de mantinha no sofá e filmes de culto na Tv é que eu me lembro de que vocês (os três) desse lado também existem.

Hoje é um desses dias, e embora a minha criatividade não esteja a melhor e o texto não me saia tão fluido, quero dizer-vos que estou a adorar tudo nesta nova fase. Tudo mesmo até as partes boas e más. Porque quando se tem uma paixão como a minha adora-se tudo. As noitadas, as noites sem jantar, as jantaradas com pessoas que não interessam a ninguém mas que têm que ser feitas. E o que eu tenho é paixão. É uma paixão forte que me tolda a visão, que não me faz distinguir o certo do errado. É uma paixão que move montanhas.

Tem sido bom. Tenho conhecido gente que entrou na minha vida e que já ocupa um lugar muito especial. Tenho descoberto um novo lado meu que me deixa muito orgulhosa. Tenho aberto caminho para novas experiências, ignorado os velhos preconceitos e tenho uma menta mais aberta.

Às vezes parece que estou a viver um sonho. Por isso não quero pensar no futuro. Estou a viver o presente, dia-a-dia. E está a ser maravilhoso!!

domingo, 19 de janeiro de 2014

Ouvido no metro #1

#1 - Ainda bem que há quem nos ature:

Ela - O que tens?
Ele- Nada querida.
Ela- Tens qualquer coisa. Não estás normal.
Ele- Estou só cansado. Trabalhei muito hoje e estou cansado.
Ela- Humpf...

Ela desiste, mas passado um bocadinho volta a atacar.

Ela- Mas estás chateado comigo?
Ele- Já te disse que não. Estou só cansado.
Ela- Humpf...

Mesmo depois de ele lhe dar um beijinho carinhoso ela continua.

Ela: Foi por causa do café, não foi?
Ele: Que café?
Ela: Detesto quando fazes isso podias ter-me dito que tinhas ficado chateado. Escusas de passar assim o dia inteiro e agora finges que não sabes do que estou a falar...~
Ele: Mas eu não sei mesmo do que estás a falar.
Ela: De manhã... Eu bebi a última cápsula da Nespresso então tiveste que ir ao café...
Ele: Já nem me lembrava disso... Claro que não fiquei chateado. Sabes que eu gosto assim compro logo o jornal.

Ela embora satisfeita com a resposta continua a achar que o namorado está chateado.

Ela: Então o que é que tu tens?
Ele: Já te disse que não tenho nada.
Ela: Não me consegues esconder nada. É que nem vale a pena tentares.... O que é que tu tens??

Ele responde já alterado.

Ele: Já te disse que não tenho nada.
Ela: Vais-me dizer que não estás chateado?
Ele: Não, não vou.
Ela: Então afinal passa-se alguma coisa. Eu sabia.
Ele: Há dez minutos não se passava nada e eu estava só cansado agora estou chateado e cansado depois da tua insistência.
Ela: Não te percebo... Não dá para termos uma noite descansada.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Vidas esquizofrénicas


Terça-Feira dia 14 de Janeiro de 2014

Acordar às 7 da manhã. Trabalhar. Almoçar às 15h. Trabalhar. Mas trabalhar com prazer porque quando se faz o que se gosta o cansaço demora mais tempo a instalar-se. Sentimo-nos atraídos pelo nosso trabalho e nada nos parece impossível. Trabalhar com muita energia, mesmo com poucas horas de sono. Porque quando se faz o que se gosta apenas há uma semana a cafeína é o próprio trabalho. Sair mais cedo do trabalho para se entrar num teste do mestrado que só acaba às 22h.

Sair do teste. Ir à Bertrand comprar um presente. Chegar a casa de uma amiga e poder descansar. Ter todos aqueles de quem mais gosto à minha volta. Rir com eles e trocar os presentes de Natal. Sim, os presentes de Natal a meio de Janeiro. A nossa vida é esquizofrénica, eu avisei.

Sair do jantar cansada, mas de barriga e alma confortada. Chegar a casa e querer dormir... O telefone vibra. É uma mensagem da minha MS. Está mais feliz porque esteve com os amigos. Mas não deixa de estar preocupada de se sentir mal e sem chão. E, para mim esta é a maior esquizofrenia. Como é que alguém que, para mim, é o mais importante que uma pessoa pode ter no mundo se sente assim? Como é que o bastião da segurança anda assim?

Oh minha MS se eu te pudesse tirar todas essas preocupações eu fazia tudo o que me pedissem. Oh minha querida amiga se me dissessem o que tu realmente sentes e qual a resolução desse mal eu fazia-o. Oh minha mais antiga amiga se me dissessem que uma palavra minha era capaz de te acalmar eu nunca mais me calava. Oh minha querida amiga só te quero ver bem e feliz. Mais uma vez. Outra vez. E para sempre.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

2014 está a ser um ano do caraças!!

Até tenho medo de o dizer e estragar tudo. 

Eu sei que ainda só passaram 9 dias mas pelo menos em comparação já está a ser melhor que 2013 passados 9 dias! 

Eu disse que ia ser um ano cheio de projectos a iniciar! O primeiro começa já na sexta feira: um estágio.
E ÓH SENHORES  como eu queria um estágio! E não é um qualquer. Pois não, pode-se dizer que é assim o MELHOR ESTÁGiO!

Agora falta começar o projecto que vos falei com o meu amigo e se tudo continuar assim 2014 vai ser o meu ano. 

Não perguntem porquê. Eu sinto-o! Gosto muito ti aninho, vou-te estimar, tratar bem e agradecer-te sempre por todas as coisas boas que me deste em 9 dias.  

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Só porque gosto de ser diferente

Estou em contra-relógio! Em tudo aliás. Mas não venho falar no trabalho que tenho que entregar daqui a dois dias, nem da roupa que tenho que ir trocar antes que acabe o prazo, nem da consulta que tenho que marcar... Venho mesmo falar das minhas resoluções de ano-novo. Que são (rufar de tambores): absolutamente nenhumas! 

Este ano não  fiz promessas, não comecei nada que só vai durar até Fevereiro no fundo estou a tentar ser sincera. Em 2014 só quero fazer coisas que me deixem em paz com a minha consciência. E a primeira é : ANULAR a porcaria do ginásio. Já lá não vou desde Junho e ando a gastar um dinheirão por mês só para manter a ideia de que um dia vou acordar mais cedo para ir para lá correr, pegar em pesos e o diabo.

Não vale a pena continuar neste engano. Nunca me vai saber bem depois de um dia de trabalho ir para lá. Não sou uma pessoa de ginásticas! Nunca fui, nunca serei! Se por acaso começar a ficar uma lontrinha vou correr ou fazer outra coisa qualquer. Mas agora estar a dar o dinheiro que não tenho, vai acabar esta semana! Agora quero ver é a cara da recepcionista quando vir que alguém em Janeiro vai anular o ginásio. Se calhar ainda recebo o prémio Sonae inovação.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Ano Novo, Esperança na Humanidade restaurada!

2013 acabou em grande! Um jantar com 3 dos amigos mais especiais o A., a I., e o ZM. Os outros estavam à distância mas sempre muito presentes nas conversas, nas memórias e nas partilhas. Ao rebentar da meia-noite houve gritos, abraços, rebentar de balões, foguetes que incendiavam o ar com confetis e bater dos tachos como se em 2014 o passado tivesse regressado. Chamadas ao pais que aproveitam finalmente fim-de-ano com amigos, conversas com os manos e com os primos... O ritual dos brindes, das 12 passas e a M. que aparece só para um beijo e um abraço.


Desl
igam-se as luzes em casa, a mesa fica posta para se comer mais tarde! Vamos para a festa é só descer a rua. O silênco de 2014 é quebrado pelos nossos festejos, pelos flashes das nossas fotografias. A fila é grande mas rapidamente entramos. O espaço quase que rebenta de folia e as caras conhecidas vão aparecendo no meio de rostos nunca antes vistos.


É exactamente destas caras conhec
idas que quero falar. Encontrámos o J., um amigo de Viseu que chegou até nós só em Lisboa por intermédio da MJ. Ao pé dele estava o V. o seu namorado. Estavam os dois juntos sem esconderem, sem terem de fingr ser apenas amigos. Estavam os dois. Como são. E porque não haveriam de estar? Em 2014 quero que todos os J's e V's do mundo possam estar em conjunto. Como são. Como têm de ser. E não como a sociedade quer que sejam.

Posso parecer a Miss Paz no Mundo, mas é este o meu desejo. Quero que se abram as portas dos armários dos meus amigos. Quero que se mudem as mentalidades. Quero que as pessoas sejam felizes!

O meu 2014 está novinho em folha e eu não o quero estragar. Tenho muitos projectos e muitas ideas, um amigo fez-me "uma proposta que não posso recusar". Vai ser um ano cheio, um ano sem tempo. Mas vai ser o melhor ano.


BOM ANO A TODOS!!!