sexta-feira, 11 de abril de 2014

tudo tem um fim

Não está a ser fácil meter na cabeça que daqui a três semanas estou mais uma vez "desempregada". Há dias em que me apetece odiar o meu trabalho, odiar as pessoas só para não custar mais o dia em que me vou embora.
Sempre soube e sempre fui avisada que chegando ao fim do contrato não havia hipótese nenhuma de ficar mais tempo. Mas todos os dias o meu subconsciente foi alimentando a vil esperança de ficar. Agora custa, custa e doi olhar para o futuro e ver incerteza. Saber que muito dificilmente alguma coisa que va encontrar se possa comparar a estes meses.


Se houve dias em que me apeteceu mandar pessoas para sitios feios? Se houve dias em que o despertador tocou e nao me apeteceu levantar? Houve claro! É um trabalho, não é o paraíso. Mas contas feitas esses contam-se pelos dedos de meia mão. Ou até um meio dedo bastava. 


Agora não sei o que vou fazer. Mas quando sair vou sair com a promessa de regresso. E quando regressar vou chegar com a promessa de ficar. Se algum de vocês achou que se ia livrar de mim está muito enganidinho.

9/04/2014

O melhor da minha profissão é não ter dois dias iguais. Mesmo quando os trabalhos nos dão a volta à cabeça, mesmo quando já não suportamos um tema pelo menos sabemos que o que vem a seguir nada vai ter a ver e que um desafio novo signiifica um teste às nossas capacidades. Aprende-se muito sobre muitos temas e tornamo-nos peritos em assuntos complicados que nunca pensámos abordar.

Mas com toda esta imprevisibilidade acontece que há dias em que a lógica anda à deriva e que o fio condutor se rompe logo de manhã. Hoje foi um desses dias. Tomei o pequeno almoço em português, ouvi numa reunião da boca de uma colega que "as mulheres têm que ter cuidado da maneira como se vestem para não serem violadas". Pois... Não começou muito bem o dia. A seguir à reunião o almoço foi em italiano. A tarde foi passada a ler em espanhol e agora espera-me um jantar com noruegueses onde vou falar inglês. 

Hoje tive dreito ao pacote completo! Se há dias em que me queixo da falta de ritmo, há outros como o de hoje que compensam tudo. 

Cada dia estou mais apaixonada, cada dia estou mais atenta e cada dia é diferente do dia anterior. 
Há dias em que a inspiração só me chega para inutilidades. Está a apetecer-me escrever. Cada vez que inicio um texto para esta edição ou para completar trabalhos para edições futuras  começo a divagar e já conto com quatro documentos de textos que não posso utilizar. O que se quer não é propriamente o que estou a fazer.
Estou a chorar a rir com algumas ideias de trabalhos que vou tendo ao longo desta tarde. Davam coisas engraçadas... Se eu escrevesse para o Correio da Manhã ou para a Vice!! Santa parvoíce. Faz-me falta um tablet para ir postando alguns pensamentos no blog à medida que vou tendo as ideias. Mas como prometi a mim mesma que jamais escreveria o que quer que fosse para o blog aqui no computador do jornal resta-me apreciar estes momentos fortuitos sozinha, E o que me estou a rir.


Às vezes gostava que alguém tivesse acesso à minha cabeça. Preferencialmente um psiquiatra ou entao um maluquinho. O psiquiatra teria trabalho para um ano à vontade e o maluco certamente ficava instantaneamente curado ao ver que há gente pior que ele no mundo e que aparenta ser uma pessoa "normal".

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Este já devia ter entrado em Março

Ui ui... que este é o mais atrasado de todos. Mas se o que conta é a intenção as minhas não podiam ser as melhores!

Parabéns S.! O interessante da amizade é que os amigos não se escolhem. Se alguma vez ouviram dizer isso posso garantir-vos que é mentira. Os amigos entram nas nossas sem pedir autorização. Podemos conhece-los há dezenas de anos, tomar café com eles e contar-lhes uma coisa ou outra. Mas há um dia, sem ninguém perceber muito bem como e porquê, em que eles se tornam mais. Mais próximos, mais importantes. Mais... insprescindiveis. 

Esta é a história da minha amizade com a S. Já a conheço desde o 6º ano (vamos ocultar há quanto tempo isto foi). Mas só há uns anos para cá é que eu passei a pensar nela automaticamente quando tenho um problema, uma novidade ou uma futilidade que quero partilhar.

A S. fez anos e eu fui a casa de propósito só para lhe dar um beijinho. Se alguém me dissesse há 4 anos que isto ia acontecer eu não ia acreditar. A S. percebe coisas em mim que poucos amigos podiam perceber. No meio das nossas diferenças encontramos parecenças únicas que nos unem. À medida que fomos crescendo o nosso carácter foi-se formando e a moldura de valores que mostra a nossa personalidade é cada vez mais parecida. É nos pormenores, nas coisas mais importantes que nos unimos. 

Muitos parabéns minha S, entraste na minha vida e a escolha não foi tua, Mas uma coisa eu prometo. Quem entra nunca mais sai!!