terça-feira, 3 de junho de 2014

O dilema das socas

Pois que chega um dia em que pomos tudo em perspetiva. Seja antes da hora de votar, de aceitar um emprego, de emigrar, de casar ou de sair de casa de manha.
À exceção do casamento já passei por todos aqueles momentos cruciais em que decisões têm que ser tomadas. Hoje passei pelo mesmo problema. Foram segundos, horas, minutos de horror. O pânico!








Há uns mezinhos recebi umas senhoras socas, o que para mim significou uma viragem. Sempre fui fiel ao mandamento "só usarás socas no caso de ires regar as couves ou vender peixe na feira.". Mas uma mulher não é de ferro. Uma mulher não resiste a um saquinho das Cubanas* pousado no quarto, dias e dias... Uma mulher gosta de padrões animais e da floresta amazónica. Uma mulher é fraca.








Já as tinha posto nos pezinhos variadíssimas vezes. Mas sempre nos limites do apartamento. Os comentários dos mais variados sectores da moda caseira, não podiam ser mais diferentes. O meu irmão diz que perdi a noção do ridículo. A minha irmã diz bem combinadas têm algum potencial. O namorado dela diz que é a coisa mais horrível que alguma vez viu. O meu amigo JMS diz que não me consegue imaginar com aquilo nem pintada de verde. Entre outros...








Hoje estive com elas nos pés um dia inteirinho, claro está sempre nos limites do apartamento. Vou manter-me assim para o jantar vem a minha prima cá a casa e como qualquer mulher do Norte que se preze, não vai ficar calada se não gostar.









segunda-feira, 2 de junho de 2014

O meu A. 09/05/2014

Esta é uma grande grande falha. Já é quase com um mês de atraso que venho parabenizar o meu A. Esta "tradição" que criei de parabenizar aqueles de quem gosto assim MUITO no blog, não está a correr bem. Chamemos-lhe o "ano teste". Até porque já falta aqui tanta gente, já ficou tanta coisa por dizer que mais vale desculpar-me desta maneira.


Mas agora indo ao meu A. que eu conheço desde... Bem conhecer, conheço-o desde a primeira classe mas só começo a ter memória dele na minha vida na altura do básico. Como qualquer relação de menina-menino, nestas idades de cão e gato, eu e o A. tivemos altos e baixos. Os altos foram sempre muito altos e os baixos, bem os baixos não foram nada de especial.
Sabem quando viajam até ao outro lado do mundo, até à outra margem, até ao outro lado da estrada ou descem um andar de elevador e pensam que queriam partilhar esse momento com um amigo? Pois o A é esse amigo.


O A. está nos momentos importantes, está nos momentos parvos, está nos momentos que vamos esquecer e nos momentos que vamos lembrar para sempre. Um verdadeiro amigo, daqueles que já não se fazem. Como qualquer (meu) amigo o A. tem um feitio particular, tem piadas que deixam os corações mais frágeis petrificados e tem o meu amor incondicional.


Um coração frágil que escondido no corpo de um homem forte se diz capaz de aguentar tudo. Uma ironia e por vezes rispidez que usa como escudo da sua bolha inviolável. (É claro que aqui o inviolável ganha a mesma conotação do irrevogável do Portas.) De vez em quando, muito de vez em quando, o A deixa-nos entrar no seu mundo, partilha o que o preocupa e até nos conta segredos.

Este aniversário foi particularmente especial para o A.,  contou um "segredo" à maioria dos amigos e à família. Cheio de macaquinhos no cérebro achou que os 23 eram o ano. E nós dissemos "Ainda bem". Cheio de macaquinhos no cérebro esperou que nós tivéssemos reações de macaquinhos, de primatas, de hulligans talvez.

Mas o A. sabe, e eu também sei, que embora este ano tenha sido especial. Não é este ano que o define, que nos define. Chegámos a este ano juntos, graças a todos os outros que ficaram para trás. E vamos continuar este caminho porque, como dizem os senhores da Chico "A felicidade é uma viagem que se faz desde pequenino." E eu, desde pequenina que só sei ser feliz com ele.