quinta-feira, 23 de outubro de 2014

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Desabafos de mim para mim #1

"Ah e tal não querias estar com ninguém."
"Ah e tal estavas bem sozinha"
"Ah e tal para a próxima cala-te e aprende a não dizer nunca"

Saravá

Gostava de me conseguir concentrar, sem pensar em ti. Gostava de ouvir uma música, sem pensar em ti. É uma situação nova. Não penso em ti por estar apaixonada. Penso em tipo por tudo o que um nós pode envolver. Não está a ser fácil e isto ainda agora começou. Mas está a ser bom o sorriso com que me deixas, a calma que me transmites e a maneira única como estou contigo me sinto a única mulher no mundo - ainda que o teu telemóvel não pare de tocar, cor cof. 

O que aí vier, virá. O que tiver que ser, será. Estou com energia. Saravá.

domingo, 19 de outubro de 2014

Invasão da propriedade privada

Este post é para ti. Sim, é para ti que estás a ler com um sorriso de quem acabou de conquistar o evereste. Sim, este post é para ti qu descobriste o blog hoje e não te calas com isso.

Sim, este post é para ti MP.

Estou a sentir-me despida, de cócoras e de rabo virado para ti. Descobriste o blog e disseste-me de iPad na mão como se fosse o maior triunfo da tua vida. Podes ter descoberto o blog, mas agora tens uma coisa muito poderosa nas tuas mãos: a nossa amizade. Por favor não o digas, por favor não o contes, por favor não o espalhes.

Imagina que tinhas 12 anos e que espalhavam o teu diário pela escola... Aquilo que eu estou a sentir não é muito diferente.

Danças

Uma dança ritmada, rodas o teu braço, entrelaças o meu corpo no teu. Passas levemente o teu nariz, os teus lábios no meu pescoço e no meu cabelo. Num instante das-me a volta, já estamos frente-frente a tua barriga dita o ritmo dos meus pés. A minha cintura jinga ao compasso da tua. Surpreendes com mais uma volta. Aproximas-me o corpo. Temos o peito colado. A música é calma agora. Dançamos ao sabor da nossa respiração. Olhamos um para o outro e sorrimos. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Segurem-me que eu vou-me a eles


Segurem-me que eu vou-me a eles. A quem? Aos senhores do Holmes Place de Algés, que me estão a ligar todos os dias desde setembro. É sempre a partir das 11h começa a vibrar, a luz a acender e a apagar,  aquele número acabado em 00... 

Um dia, sem saber de que se tratava, cometi o erro de atender: "olá, bom dia. Estou a falar com a dona Ana?". E é isto que me irrita, eu percebo que seja o trabalho deles. Eu percebo que ninguém gosta de ser incomodado, mas que se eles não fizerem isso são despedidos. Mas ao menos podiam ensinar-lhes as regras básicas -que infelizmente já não são tão básicas assim - da educação. Este senhor disse uma frase e conseguiu dar três erros que fariam as minhas avós desligar-lhe o telefone (não o fariam sem antes dizer com licença e explicar porquê, claro). Vamos por partes:

Olá, bom dia -tudo certo 
Estou a falar com a dona A.? - tudo errado. Tão errado que até me dá urticária. Primeiro porque é que eu hei-de responder a alguém que nem sequer se apresentou? Podia ser um psicopata e eu a dizer-lhe "sim, sim senhor psicopata. Já agora dá-lhe jeito a minha morada?". Depois, DONA A.?? Mas o que é isto das donas e dos senhores primeiros nomes?? Quanto muito está a falar com a Senhora Dona A. ou então com a Senhora inserir apelido. O mesmo se verifica nos homens, ninguém liga ao senhor Manuel, uma pessoa liga ao senhor Manuel Bento, ou ao senhor Bento. 

Claro que a conversa já tinha tudo para correr mal. Mas como o rapaz (pela voz não devia ter mais de vinte-e-poucos anos) não tem culpa que não o ensinem, lá continuei. Expliquei-lhe que estava a trabalhar e se me podia ligar mais tarde. Disse que sim. 

E lá chegou o dia, à hora de almoço. Escusam de imaginar o armagedão, eu conto tudo:

Eu: estou. sim?
HP: olá bom dia! estou a falar com a dona A.?
Eu: (revirar de olhos) está sim.
HP: sabe dona A. estamos a ligar-lhe do Holmes place de algés...
Eu: pois... Mas é hora de almoço, como deve calcular não vou falar de ginásios agora (até porque o meu bife com batatas fritas era bastante mais apetecível)
HP: então qual a melhor hora para lhe ligar?
Eu: ao fim do dia.
HP: tenho-lhe ligado a essa hora mas está a trabalhar.
Eu: (segundo revirar de olhos) pois, mas eu não tenho horas para sair.
HP: de manhã posso ligar-lhe?
Eu: (almoço a arrefecer) totalmente impossível,
HP: humm....
Eu: (antes que aquilo continuasse) está visto que também não tenho tempo para o que quer que me vá oferecer, dar a conhecer ou convidar. Muito obrigada, bom dia e continuação de um bom trabalho.
HP: pois, pois... Boa tarde...

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Quando o telefone toca

Os meus planos para a noite eram simples, ler um relatório, jantar, tomar banho e dormir. Mas, como sempre, não se devem fazer planos, num instante tudo muda. Li o relatório e jantei, é no preciso momento em que fecho a máquina da louça para a por a lavar que o meu telefone toca. 'E quando o telefone toca...' Não podia ser. 

A chamada seria mesmo tua? No visor só um número, sem nome. Deixei o teu contacto entre trocas de telemóveis mas lembrava-me dele como se nos números o teu nome estivesse escrito. Serias tu? Agora? Ter-te-ias enganado?? 

Atendi. "Estou, estás em casa?" Eras tu, disso não tinha eu dúvidas. "Estou." Mas o que me quererias? Achei que nunca mais me quisesses ver. "Estou aqui em baixo. Das-me a honra de me acompanhar num café?" Na minha cabeça estavas logo com uma doença terminal, ias sair do país para te juntar ao EI e querias que eu fosse uma noiva da jihad. Porque raio este convite? 

Desci. Não consegui esconder o meu espanto e preocupação. Acho que nem boa noite te disse. "Está tudo bem?" Riste e riste, "calma não vou morrer, nem te vim avisar que tenho uma dst." Uma dst , dessa não me lembrei eu. 

Entrei no carro. "Podes tirar essa cara de espanto ou medo?" Ri-me. Não me querias nada. Passaste aqui, lembraste-te de mim e ligaste-me. " não fazia sentido fingir que não existias" . E ainda bem que não o fizeste. Gostei de estar de contigo. "Faz isto mais vezes." "Por mim fazia todas as noites." 

Nem uma hiena do Rei Leão beberia isto


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Fogo pá que ainda me queimo

Ando a brincar com o fogo. Não ando a fazer nada de errado nem moralmente condenável. Mas há qualquer coisa denTro de mim que não está confortável com o que ando a fazer. As regras do jogo estavam bem claras e só joga quem sabe perder. Mas há dias como o de hoje em que me sinto mal. As mensagens, os telefonemas, a troca de olhares enquanto o telefone toca com outra mensagem. A outra mensagem enquanto se toma café com um.... 

Antes que pensem que sou uma libertina que anda com três pessoas devo alertar para o facto de não ser uma libertina e de não andar com ninguém. Não estou numa fase de relacionamentos, mas também não estou numa de fase de ter "amigos mais ou menos coloridos", nem amigos "às bolinhas", só quero amigos, só amigos. 

Mas isto deve ser uma coisa do destino. Quando uma pessoa está assim aparece gente de todos os lados, e tenho três amigos que querem ser mais que amigos. Eles sabem que eu não quero. Eles sabem que não vai passar disto. Eles sabem que eu não estou a mentir. Mas eu não me deixo de sentir mal por estar a tomar café com um quando o outro me manda mensagem. 

Se digo que estou a brincar com o fogo não é por achar que posso vir a gostar de um deles é por um deles deixar de gostar de mim. Deixar de gostar como amigo...

sábado, 11 de outubro de 2014

Os nervos são comunistas


Os nervos crescem nas palmas dos pés. Os nervos sobem até aos joelhos e fazem-nos tremer, sentimos um apoio que parece fugidio. Depois sobem até ao baixo ventre que se mexe como se um comboio passasse desafinado em cima de carris. Os nervos não se dissipam, espalham-se pelo corpo e fazem dele a sua casa. Os nervos encontram conforto no estômago e o estômago procura conforto no fundo de uma caixa gelado, de um pacote de batatas fritas. Os nervos são um caixeiro viajante que faz da garganta o seu acampamento. Os nervos agregam-se na face e fazem-nos corar, depois, apercebendo-nos do aumento de cor ruborizamos ainda mais com vergonha. Os neros são comunistas.

Os nervos são comunistas, uns radicais de esquerda que não reconhecem a propriedade privada. Ocupam as nossas mãos fazendo-as tremer. Os nervos são tramados, uns chatos que só atrapalham e não acrescentam nada. Só fazem barulho e não contribuem. Mas, tal como os comunistas, temos que aprender a lidar com os nervos. A viver com nervos. E, tal como os comunistas também nós perguntamos porque é que eles existem e não nós deixam trabalhar? 

Os nervos são comunistas. Não são daqueles tipos porreiros, mas mal informados, que fumam uns charros. Não, os nervos são daqueles comunistas que usam boina, botas largas e querem dominar o mundo. E, os nervos são comunistas.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Aprender a deixar de ser egoísta

De que sinto mais falta na mudança de trabalho? Do miminho. Sim, é do que sinto mais falta... 

Era muito acarinhada, apaparicada, por ser a mais nova - quando entrei- era tratada como um bebê. Mas sem desprezo e sem discursos paternalistas. Um bebe de quem todos gostam e querem, querem ajudar a crescer e a ser gente. E boa gente, gente competente, gente que contribui, gente que vale a pena ser gente.

Agora, somos muitos da minha idade, muitos da minha idade. Muitos que querem ser gente. E não há  a mesma atenção, o mesmo mimo, o mesmo carinho.

Não, é mau. É menos egoísta. 

Ah os dias felizes

É tão fácil pôr-se uma mulher bem disposta um dia inteiro e com potencial para durar o fim‑de‑semana.

Quinta-feira
. Uma boa notícia pela manhã
. Uma excelente notícia pela tarde
. Uma mensagem muito especial pela noite que leva a outras ainda mais especiais

Se sexta-feira já tinha tudo para correr bem melhora quando:

. Receber um bilhete para Rodrigo Amarante pela manhã
. Uma mensagem especial ao pequeno almoço 
. Um desafio exigente quando se chega ao trabalho

Aí que ainda há dias felizes