segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Começam os encontros

Mais um encontro, mais uma viagem as crianças não pagam mas também não entram (pelomenos se tudo correr bem).

Começam os encontros, os cafés, os jantares, os almoços, os lanches e as idas ao cinema e ao teatro. Mulher solteira sofre.


Verão 2015 estou a caminho

Março será o mes em que vou perder peso drasticamente, abril o mês em que vou voltar ao ginásio.

Sim MP o teu bullying deu resultado, isso e o facto de não ter calças que me sirvam.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Fevereiro 2015

Pior mês da sempre. A todos os níveis, só quero acordar e achar que está a ser um pesadelo. Quando me levanto de um chega outra e prega-me uma rasteira.

Parece que tenho um elefante sentado no meu peito, que não me deixa respirar. Quando é que este dia, quando é que este mês acabam? 


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A saga continua

Pior que o meu dia dos namorados foi ter passado o dia de hoje a ouvir o dia dia dos namorados das minhas colegas

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Inspira. Expira. Respira e não pira

Ponto prévio:


Foi o que fiz ontem à noite. Sim, na noite do dia dos namorados, passei a noite a inspirar e expirar de maneira intensa, frequente, ritmada para não gritar. Não, não foi uma noite de sexo. Fui f@d&d#, mas não foi bom.

O dia dos namorados sempre me foi indiferente, aliás indiferente não é a palavra. Sem o detestei, sempre me irritou. Por ser um dia comercial, por ser um dia de falsidade e por representar tudo o que eu mais detesto nas relações: as demonstrações públicas de afeto, a obrigatoriedade de amar, o perpetuar de um jogo de submissões. Mas adiante, este ano o dia dos namorados não me era indiferente, irritava-me, mas irritava-me por motivos diferentes. Ando uma sentimentalista do pioro, e este ano o dia "bateu forte cá dentro."

A única solução era: sair com os amigos. Jantar regado a vinho e de seguida uma noite no cais do sodré para exorcizar demónios. Tudo parecia perfeito. Fomos-nos juntando a conta-gotas, primeiro dois, depois três para jantar até ao grupo ficar completo. Foi quando chegamos ao cais que esperávamos o D. , que a minha voz falhou. 

Distraído, a olhar em volta, não nos encontrava. Chamei-o, eis se não quando ele se vira, e vem acompanhado. Quase imediatamente bebo a minha cerveja de uma golada só, quando paro para respirar já a I., tinha a dela em riste, apontada a mim de forma a poder dar-lhe o mesmo fim. 

Juntaram-se, apresentou-a, cumprimentamos e trocamos sorrisos falsos. A minha noite foi passada a vê-los, a andar agarradinhos, a trocar olhares, a serem aquilo que nós éramos há um mês. Porquê? Sim, porquê? Obviamente que quero que tenhas alguém, obviamente que sabia que isto acontecer. Mas porquê naquela noite? porquê um dia depois de te ter feito uma massagem, de tu teres posto a morena a tocar?

Foi desconfortável, foi horrível. Só te pedia um heads up, só te pedia respeito porque acho que o mereço, acho que merecemos aliás.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Quando os génios falam por nós #2

Depois de tudo, fica a lembrança dos lugares e
dos seus nomes; dos quartos virados a poente
onde as imagens do rio nunca se repetem nas janelas
e todos os enredos são consentidos obre as camas.

Ao fundo, havia um armário de madeira com espelho
onde as nossas roupas trocavam de perfume
para que os dias se vestissem sempre melhor.
E, sobre a cómoda, num espelho mais antigo,
a tarde reflectia algumas das alegrias da infância.

Não era o quarto de nenhum de nós,
mas a ele regressávamos sempre com a pressa
de quem anseia os cheiros quentes e antigos
da casa conhecida; como quem espera ser aguardado.

Pressenti, porém, que não era eu quem aguardavas:
uma noite, pedi-te mais um cobertor em vez de um abraço.

Maria Rosário Pedreira 

Irritações #3

Trabalhar ao pé de alguém que descasca tangerinas com as mãos, em cima de secretaria. 

Fica tu impestado com este cheiro nojento. Argh

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Farta de viver num país de homofobicos

Só isto. Sem acrescentar mais nada ao título. Não preciso de dizer mais nada. A homofobia mete-me nojo, não a percebo. E não consigo ficar indiferente perante ela. 

Não, não vou pedir desculpa ao senhor do metro a quem pedi que se calasse. Foi isso mesmo, sentou-se ao meu lado com a mulher a dizer barbaridades. Eu em vez de lhe bater com o mala na cabeça - era a vontade que tinha - apenas lhe disse:

"Desculpe estar a incomodar, não fui capaz de não ouvir o que diziam. Vou-lhe pedir que não o repita até ao final da viagem, a não ser que queira discutir o tema. Sabe o senhor tem direito a dizer o que quiser, menos insultar. E o que está a fazer é punível por lei." 

Foi mais ao menos assim, esperei ser insultada. Não fui. O casal olhou para mim com um ar reprovador, levantou-se e saiu na estação seguinte.

Fi-lo por mim, mas principalmente pelo rapaz - criança ainda - que ia sentado à minha frente. Ouvia a conversa à medida que o punho se ia fechando,depois já os olhos tentavam fugir e o pé não parava de bater a um ritmo frenético no chão. Sorriu para mim, e quando saiu disse um engasgado obrigado. 

Não precisavas de me ter agradecido.

Antidepressivo #1

Mas depois não há mau feitio que resista a isto 

Cai chuva em nova Iorque, chove nos meus países

Há dias de chuva, há dias de chuva no pico do verão e há dias de chuva no inverno. Às vezes chove enquanto o sol brilha lá fora, mas os piores dias de chuva serão sempre aqueles em que chove em todo o lado, nos dois mundos.

Hoje não choveu num deles, ontem choveu nos dois. Já perdi a conta à chuva, apenas sei que quando fecho os olhos está sempre a chover. É uma constante vontade de não estar presente, uma permanente indisposição, está é a chuva que sinto cair à minha volta. 

Nestas alturas não quero estar com ninguém, mas tenho necessidade de estar com toda a gente. Mas apenas a gente que eu adoro, e que acabo sempre por tratal mal. Não todos, apenas alguns. Tratei mal os meu pais, fui bruta, ríspida e rabugenta. 

No passado teria sido o suficiente para um par de estalos, hoje foi só criar-lhes uma preocupação. Sabem que ando cansada, sabem que ando com o peso do mundo em cima dos ombros e por isso desculparam-me. Mas eu não me desculpo. 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Oh pra mim versão Bobone dos transportes públicos #2

Se tiver um carrinho de bebé, o bebé, a malinha do bebé e os dois irmãos do bebé se calhar é melhor esperar pelo próximo metro. E não entrar num em hora de ponta onde uma pessoa sem bebés e sem parafernália para bebés mal cabe. 

Não é por nada, mas as rodas do carrinho ainda aleijam na canela, e os guincho do seu mai velho a pedir bolacha maria dão-me vontade de lhe espetar uma bolacha na cara, assim como o choro do mais novo, assustado por só ver cabeças do tamanho do corpo dele.

 Olhe... Minha senhora... Está-me a ouvir? Enquanto procura as bolachas, segura no carrinho e embala o mais novo, a sua menina está a lamber o poste do metro. 


Irritações #2

Ouvir dizer que já trabalhei num jornal de esquerda ou de direita, que agora trabalho num jornal de esquerda ou de direita. 

Trabalho num jornal que faz jornalismo. Trabalhei num jornal que faz jornalismo. Tenho muito orgulho de poder ter esses dois nomes no CV, de ter aprendido com os melhores de Portugal. De poder vestir a camisola, de repetir e de dar a cara por projetos em que acredito. 

Não o faria se assim não o fosse. Tenho uma coluna vertebral, que herdei dos meus pais, chata como o rAio que antes de vergar parte. E depois de partir não cola mais. 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Filha da p*t# da doença

A minha irmã está a ser operada agora, nada de grave, uma pedra no rim que não sai desde o verão. Mas, embora gravidade seja quase nula, sempre que ela entra num hospital, sempre que vai a um médico volta a sombra, volta a memória daquele dia, daquelas semanas e meses.

Lembro-me várias vezes, era quinta-feira, ligaram-lhe uma reunião, um caso urgente obrigava-a a ir para Viseu o mais cedo possível no dia a seguir. Tínhamos planos para o fim-de-semana que ficaram imediatamente defraudados, furiosa fez a mala. 

Fiquei, como em tantos outros fins-de-semana sozinha em casa, acho que dei um jantar na sexta, que o R dormiu comigo no sábado. Passou à velocidade de todos os fins-de-semana, quando abri os olhos já era domingo à noite e ela já estava de volta. 

Estava a fazer o jantar para as duas, pus um testo na panela e fomos para a sala. Com o que eu achei que era um sorriso, hoje sei que eram os músculos presos, uma cara que adotou durante algum tempo, diz-me: afinal não era nada uma reunião que eu tinha em Viseu.

Lembro-me que ri, à espera que afinal fosse uma coisa boa que lhe punha aquele "sorriso" no rosto. Não era. Não era bom. Não era um sorriso. Lembra-me do sinal que tinha ido tirar há uns tempos, apenas por ser feio. Eu lembrei-me.

Percebi imediatamente os músculos que ela tinha presos na cara. Os meus ficaram iguais. Era cancro, não havia dúvidas disso. Mas havia tantas outras, tantas perguntas, tantas inquietações. Ouvi-a, perguntei o mínimo. Ela respondeu o mínimo. Lembro-me de a ver pronunciar as sílabas do nome do cabrão como se as regorgitasse. Dizia-as com desprezo mas ao mesmo tempo com respeito. Uma idiossincrasia que os aquela puta daquela doença permite.

Decorei-as com nojo, como se mas tivessem tivem cravado na memória com um cinzel. A seguir jantei, só para manter a normalidade do que era anormal e abjeto. Deitamo-nos. Sozinha, no meu quarto, lembrei-me das sílabas. Escrevia-as no Google. Ainda não tinha chorado. Mas as imagens surgiram sem pudor, pernas estropiadas, marcas do tamanho de crateras, as letras repetiam-se criando cenários de horror. 

Era raro, mas se apanhado no início, e com mais uma série de tretas que fiz questão de esquecer, facilmente removível. Não dormi mais. A noite inteira acordada, com pensamentos idiotas que hoje me arrependo de ter tido. Previsões do imprevisível e um nó no estômago que teimava em não passar. Cigarros fumados com uma sensação de culpa, mas era a única coisa que me acalmava a mente. 

Vi o sol a nascer, os tons avermelhados incendiavam o céu, não chovia. Levantei-me arrastei-me até a casa de banho, ouvi a minha irmã a acordar. Fui cobarde, fechei-me no quarto para não ter que a fitar. Arrependi-me imediatamente e voltaram os pensamentos absurdos. Deitei-me na cama, a faculdade ficava para outro dia, naquela segunda-feira não iria sair de casa. 

Ligou-me o meu pai para saber como estava a minha irmã, para saber como eu estava. Na altura não lhe perguntei como ele estava. Só o ano passado mo disse quando estávamos um dia a caminho do hospital, já pela pedra no rim, e ele desabafa "é sempre à tua irmã". Contou-me como tinha sabido, como tinha ficado desesperado, sem poder dizer nada, sem querer dizer à minha mãe até ela poder estar com a minha irmã. 

Falamos o ano passado, há dois anos e falaremos agora. Falamos agora que o pesadelo acabou. Mas falamos sempre com medo de adormecer e que tudo volte. A doença é uma filha da puta, uma cabra faltam-me todos os insultos para chamar aquela que já me levou tanta gente. Nesta luta, fomos nós queganhámos, e a cada consulta de rotina a médica diz que é mais um passo, mais uma vitória. 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Momento fútil do dia #1

Tenho gostos demasiado caros para o dinheiro que não ganho

1- too faced, better than sex - é só o melhor rímel que alguma vez tive (ok, não é melhor que sexo. Mas é muito bom). 

2 - verniz marc jacobs - só queria um de cada cor. Quer dizer, dispenso aqueles com purpurinas. É pedir muito? É que é óptimo. Better than sex? Também não, mas muito bom.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

R&B

R.I.C.A.R.D.O B.A.R.B.A.T.O 

Tirando a potencial falta de neurónios e a voz de favelado ...

ESTOU APAIXONADA